Euronews, 04 de outubro de 2017
O referendo independentista no Curdistão reforça os laços entre a Turquia e o Irão que ameaçam recorrer a novas sanções para isolar o território iraquiano.
Os presidentes turco e iraniano reuniram-se esta quarta-feira em Teerão, durante uma visita destinada a relançar a cooperação entre os dois países, ciclicamente abalada por rivalidades regionais.
Uma reconciliação selada pelas acusações dos dois líderes a Israel, por alegada interferência no processo independentista curdo.
“Não há um único país que os reconheça para lá de Israel e qualquer decisão tomada com a Mossad sentada com eles na mesma mesa não pode ser legítima e é ilegítima”, afirmou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
Turquia e Irão tinham já suspendido o tráfego aéreo com o Curdistão e realizado manobras militares junto à fronteira, em resposta à consulta popular de 25 de Setembro.
“O povo do Curdistão é um bom vizinho e não queremos pressioná-los. No entanto os líderes independentistas do Curdistão precisam de reconsiderar as suas decisões”, segundo o presidente iraniano, Hasan Rohani.
A crise criada pelo referendo, aprovado com 92% dos votos, é vista assim como uma oportunidade para Ancara e Irão diversificarem os seus aliados, apesar de apoiarem campos adversários na Síria.
Os dois países anunciaram a intenção de realizar o câmbio direto das divisas nacionais, sem passar por uma moeda terceira, e de aumentar as exportações de gás iraniano para a Turquia.
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