20 de out. de 2017

"Lei da Palmada" escocesa poderá influenciar medidas semelhantes sobre todo o Reino Unido?




Yahoo Style UK, 20 de outubro de 2017 






Na quinta-feira, o governo escocês confirmou que "maus tratos infantis devem ser banidos" no país. 

O MSP dos Verdes, John Finnie elaborou um projeto de lei que visa tirar a defesa da “agressão justificável”, que pode ser usada para que os pais possam bater em seus filhos. A votação da questão deverá ser realizada no Parlamento Escocês no próximo ano. 

Acreditamos que o castigo físico pode ter efeitos negativo sobre as crianças que podem durar muito tempo após a dor física ter desaparecido”. 

Agora, houve pedidos de proibição a nível nacional da correção física por quatro Comissários infantis do Reino Unido. Eles esperam que a decisão da Escócia induza a ações semelhantes em todo o país. 

O Reino Unido é atualmente um dos cinco únicos países da União Europeia a permitir a correção física. Na Inglaterra, no País de Gales e na Irlanda do Norte, os pais podem usar “castigos físicos razoáveis” enquanto a “punição” não deixar marcas, inchaços, cortes ou contusões. 

O País de Gales é o único país com um potencial para mudar a lei de correção física nos filhos com a Comissária das Crianças de Welsh afirmando que uma proibição completa “aceleraria uma mudança cultural e tornaria os pais mais conscientes dos danos a longo prazo causados pelos castigos físicos”. 

O castigo físico aplicado às crianças nunca teve razão, e certamente não terá agora que a proteção contra o castigo físico vai abranger mais crianças independente da onde moram no Reino Unido", disse a Comissária das Crianças da Irlanda do Norte, Koulla Yiasouma. 

A Comissária inglesa, Anne Longfield, concordou que a legislação atual estava “desatualizada”, acrescentando que: “Isso deve ser atualizado para refletir o que a grande maioria dos pais acreditam: o fato de bater nas crianças é errado e que há maneiras melhores de disciplina as crianças”. 

No entanto, verifica-se que muitas pessoas não concordam com a proibição. Uma pesquisa recente de mais de 1.000 pessoas na Escócia descobriu que dois terços dos adultos acreditam que é “às vezes preciso bater em uma criança travessa”. 

As pessoas que pedem essa mudança estão usando linguagem histérica e manipuladora. Elas estão tentando entender que uma uma mãe pode ser amorosa e gentil e ao mesmo tempo bater em seus filhos para corrigi-los”, disse a Be Rasonable, a ativista Lowri Turner. “Se o governo não pode dizer a diferença, então eles não deveriam estar passando leis sobre isso”.  

Um porta-voz do governo do Reino Unido saiu com uma mensagem semelhante, dizendo que a violência contra as crianças “nunca seria tolerada”, mas que a proibição poderia arriscar  a “criminalização dos pais”. 

Houve mensagens variadas nas mídias sociais também com algumas pessoas em favor e outras contra a proibição. 

A agressão é ilegal. E, na minha opinião, bater em uma criança é crime. Fico feliz que seja banido. As crianças não são bens”, disse um membro do Parlamento Escocês (MSP) Gillian Martin. 

Muitas pessoas que estão furiosas porque não vão poder mais bater em seus filhos são desconcertantes para mim #smackingdoesnotequaldiscipline”, escreveu outra mulher enquanto outra dizia: “Qualquer pai que bate em seu filho é um valentão. Existem outras formas de disciplinar as crianças sem levantar as mãos para elas”. 
Nota do blog: há alguns perfis de Twitter que foram postados no artigo original, e que eu poderia postar aqui. Porém, a autora do artigo só citou e postou perfis pró-proibição, e fez questão de destacá-los. Tanto é que destacou bem os seus perfis de Twitter. Portanto, não vejo lógica eu replicá-los aqui, já que não há no original perfis contra a proibição sendo citados, assim sendo eu resolvi somente deixar os seus comentários, para exemplificar o tipo de pessoas que falam histericamente contra os direitos dos pais. 
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