DN, 08 de agosto de 2017
O ex-jogador de futebol argentino, que apoiou a candidatura presidencial de Nicolás Maduro em 2013, escreveu na sua página de Facebook mensagens de apoio ao Governo da Venezuela
O antigo jogador de futebol argentino Diego Maradona enviou esta terça-feira uma mensagem de apoio ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e ofereceu-se como "soldado" da revolução bolivariana para combater o imperialismo.
"Nós somos 'chavistas' (Maduro é o herdeiro político do antigo Presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013) até a morte. E quando Maduro ordenar, estarei vestido de soldado para libertar a Venezuela, para lutar contra o imperialismo e contra aqueles que querem apoderar-se das nossas bandeiras, que é o mais sagrado que temos", afirmou Maradona no Facebook.
Mergulhada numa grave "crise política" [Leia-se políticas socialistas deliberadas] e económica, desde o início de 2016, a Venezuela sofreu uma escalada na [repressão] tensão desde o fim de março deste ano. Mais de 120 pessoas já morreram em confrontos violentos durante manifestações contra o [ditador] Presidente Maduro, milhares ficarem feridas e outros milhares foram presas.
Numa outra mensagem, que também tem a assinatura da sua companheira Rocio Oliva, Maradona reafirmou o seu apoio ao Governo da Venezuela.
"Viva Chávez. Viva Maduro. Viva a Revolução. Viva a linhagem pura dos venezuelanos", escreveu.
Diego Maradona apoiou a candidatura presidencial de Nicolás Maduro em 2013, tendo participado mesmo em atos de campanha.
O ex-jogador de futebol argentino também apoiou outros líderes de esquerda da América Latina, como Hugo Chávez e a ex-Presidente brasileira Dilma Rousseff.
Além disso, Maradona possui em seu braço direito uma tatuagem com o rosto do guerrilheiro [assassino terrorista] Ernesto Che Guevara e disse que Fidel Castro era "como um pai" para ele.
ONU denuncia mortes e violações de direitos humanos – investigação a léguas de distância
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusa as forças de segurança venezuelanas de “maltratar” e “torturar” manifestantes e detidos de forma “generalizada e sistemática.”
#Venezuela🇻🇪Conclusiones de un equipo #ONU apuntan a patrón de violación de #derechoshumanos durante manifestaciones https://t.co/8gppx0qX2t https://t.co/JFwMNweCVv— ONU Derechos Humanos (@ONU_derechos) 8 de agosto de 2017
A estas acusações somam-se as de responsabilidade do regime pela morte de 46 manifestantes e pelas mais de 5 mil detenções arbitrárias desde abril. Outras 27 mortes – de um total de 124 mortes investigadas – foram atribuídas a grupos armados conotados com o Governo de Nicolás Maduro conhecidos como “coletivos”. O apuramento da responsabilidade pelas restantes mortes ainda não está claro.
Choques elétricos e recurso a gases tóxicos figuram entre os métodos de tortura alegadamente usados, aos quais se somam ameaças de violência física e sexual contra familiares dos detidos. As conclusões, conhecidas esta terça-feira, constam de um relatório preliminar apresentado.
Em conferência de imprensa em Genebra, na Suíça, a porta-voz das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, precisou detalhes: “O alto-comissário diz que estas violações ocorreram no contexto de uma degradação do Estado de Direito na Venezuela com ataques constantes do Governo contra a Assembleia Nacional e o gabinete do procurador-geral. A responsabilidade das violações dos direitos humanos que estamos a relatar recai ao mais alto nível do Governo. O alto-comissário insta as autoridades a pararem imediatamente de usar força excessiva contra os manifestantes, a terminarem com as detenções arbitrárias e a libertarem os que foram detidos arbitrariamente.”
À falta de uma resposta das autoridades venezuelanas a um pedido de entrada de uma equipa na Venezuela, a ONU acabou por realizar a investigação à distância e no Panamá
As 135 entrevistas realizadas com vítimas, familiares, organizações da sociedade civil, médicos, juristas e jornalistas foram vitais para as conclusões extraídas.
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