CPM, 10 de agosto de 2017
Por Henry Chirinos
Dissidentes cubanos reconhecem que o regime dos Castro realiza métodos de espionagem e perseguição contra pessoas e diplomatas americanos na ilha, uma vez que eles próprios são vítimas destas práticas.
O opositor Antonio Rodiles, representante do Fórum de Direitos e Liberdades (ForoDyL), disse que teve a oportunidade de falar com um dos funcionários que alegou ter sofrido assédio.
“O ataque a diplomatas não é novidade. Eu falei com um deles e disse-me sobre o assédio, e até mesmo sobre pneus do seu carro que foram furados, e outras ações, por isso eu não estranhei em nada o que aconteceu”, disse o opositor se referindo ao ataque com armas sônicas na ilha contra funcionários da embaixada dos Estados Unidos.
Cuba por sua vez, alega que não fez parte do ataque, alegação essa cujos opositores não se surpreenderam.
"Eu não acho que eles dizem a verdade. No entanto, há evidências de que o governo cubano registra todas as conversas e, infelizmente, o que acontece na casa dos diplomatas, o que significa que a sua vida sexual está sendo gravemente afetada”, disse Martha Beatriz, uma ex-prisioneira do regime.
Beatriz lembra que, na época em que o presidente George W. Bush visitou a ilha, a seção de diplomacia telefonou para Berta Soler, para ela falar com o presidente, e suas conversas foram escutadas.
Por outro lado, a líder de oposição das Damas de Branco, Berta Soler, apoiou a decisão dos Estados Unidos de expulsar dois diplomatas cubanos e iniciar uma investigação sobre a ilha.
“Isso foi o certo porque o regime cubano sempre diz que não, mas o regime sempre tem as mãos enfiadas em questões de espionagem e assédio”.
Ángel Moya, um ex-preso político, alegou que a espionagem se estende para diferentes embaixadas na ilha comunista.
Misteriosos "ataques sônico" atingem diplomata canadiano em Cuba
Depois das queixas dos diplomatas dos Estados Unidos em Havana, agora são os canadianos que se queixam de um possível “ataque sônico” feito em Cuba.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá afirmou, quinta-feira, que está a investigar a situação de um diplomata canadiano em Havana com dores de cabeça e perda de audição.
Um dia antes, os Estados Unidos relataram que alguns dos seus diplomatas tinham sofrido sintomas idênticos
Entretanto, as autoridades canadianas informaram que estão a trabalhar numa investigação com funcionários norte-americanos e cubanos, sobre os “incidentes” não especificados que provocaram sintomas físicos.
Um dispositivo sofisticado, que operava fora das frequências de som audíveis para o ser humano, foi instalado, dentro ou fora das residências de diplomatas norte-americanos que vivem em Havana, segundo funcionários do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
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