The Local Fr, 06 de julho de 2017
As autoridades da França identificaram cerca de 100 pessoas que acreditavam possuir armas de fogo legalmente apesar de estarem em uma lista de vigilância antiterrorista, disse o ministro do Interior, Gerard Collomb, na quarta-feira.
O anúncio ocorre duas semanas depois de um conhecido entusiasta de armas [islâmico] atirar bombas de gás a partir de um carro carregado com armas contra uma van policial na avenida Champs-Elysees de Paris, o mais recente caso de ataque jihadista desde uma série de ataques que tem atingido a França desde 2015.
O agressor, Adam Djaziri, foi a única pessoa morta, mas o ataque levantou questões sobre como eu homem de 31 anos pôde possuir várias armas, apesar de ter sido colocado numa lista de islamitas radicais em potencial há dois anos.
Em uma entrevista com o jornal Le Fígaro dois dias após o incidente de 19 de junho, Collomb disse que havia solicitado uma investigação sobre casos semelhantes.
Collomb disse a uma audiência do Senado sobre uma proposta de uma nova lei antiterrorista na quarta-feira com a qual “nós identificamos cerca de uma centena" de indivíduos que simpatizam com Djaziri e que eram proprietários de armas registradas, apesar de estarem em uma lista de observação para potenciais extremistas.
“A pessoa que queria cometer esse ataque estava em um arquivo e, ao mesmo tempo, era o proprietário legal de armas de fogo”, disse ele aos senadores. “Isto é um sinal de disfunção”.
Ele disse que pediu às autoridades da polícia local que identifiquem os indivíduos em listas de vigilância de segurança para que “possam agir e tratar esses problemas para que o país volte ao seu estado normal”.
A França esteve em estado de emergência desde os ataques de novembro de 2015 em Paris, quando os jihadistas do Estado Islâmico mataram 130 pessoas em tiroteios e bombardeios na sala de concertos do Bataclan, em bares, restaurantes e no estádio nacional.
O estado de emergência já foi prolongado cinco vezes, mas está programado para expirar em meados de julho, quando o governo centrista do presidente recém-eleito, Emmanuel Macron, deverá prolongá-lo até 1º de novembro, enquanto a nova lei antiterrorista é preparada.
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