5 de jun. de 2017

Venezuela anuncia data para eleições da Assembleia Constituinte ultra-comunista




Euronews, 05 de junho de 2017. 



O Conselho Eleitoral da Venezuela propos 30 de julho como data para as eleições da Assembleia Nacional Constituinte. Este órgão responde a um desejo do "Presidente" [ditador] Nicolás Maduro e faz parte do processo de redação de uma nova constituição.




A criação de uma equipa para alterar a Constituição venezuelana é vista pelo líder da Assembleia Nacional, um opositor de Maduro, como um golpe de Estado.

Que fique claro a Nicolás Maduro: esta (Assembleia) Constituinte não vai passar. Não vai passar, não porque o digamos nós. Não vai passar porque todo o povo a rejeita. Não vai passar porque a comunidade internacional a considera ilegitima. Não vai passar porque uma minoria que roubou, que agrediu e que violou a Constituição não pode impor ao país um golpe de Estado através de uma assembleia constituinte fraudulenta e falsa”, defendeu Julio Borges.



A Venezuela está mergulhada há meses numa crise política e social, que já fez mais de 60 mortos e levou à detenção de mais de meio milhar de pessoas. A oposição exige novas eleições. O Presidente anseia por uma nova Constituição e já admite um referendo antes de a promulgar.

Zapatero volta a falar com Leopoldo López

O ex-presidente espanhol José Luis Zapatero voltou a visitar, entretanto, o dirigente da oposição venezuelana Leopoldo López, que está detido na prisão militar de Ramo Verde, a cumprir uma pena de 14 anos de cadeia.

O presidente Zapatero foi autorizado a entrar em Ramo Verde e mantivemos uma conversa com muito respeito”, diz uma mensagem publicada na conta da rede social Twitter de Leopoldo López, a qual é gerida pela sua mulher, Lilian Tintori.


A ministra dos Negócios Estrangeiros venezuelana, Delcy Rodríguez, e o autarca do município Libertador de Caracas, o “chavista” Jorge Rodríguez, também estiveram na visita, segundo indicou Lilian Tintori, sem facultar mais detalhes.

Zapatero tinha visitado López há precisamente um ano, altura em que desempenhava o papel de mediador num processo de diálogo político entre o Governo do Presidente Nicolás Maduro e a coligação da oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Estas negociações tinham entre os objetivos a libertação de membros da oposição, considerados “presos políticos” pela MUD, mas terminaram no início do ano devido ao incumprimento dos primeiros acordos, com as duas partes a acusarem-se mutuamente por esse desfecho.

Através da respetiva conta no Twitter, Leopoldo López surge também num vídeo a falar sobre a atual onda de manifestações antigovernamentais que a Venezuela vive desde o início de abril e que fez pelo menos 65 mortos e mais de mil feridos, segundo o mais recente balanço.



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