8 de jun. de 2017

Muçulmanos chorões australianos reclamam um espaço onde possam pregar o radicalismo em paz





Expresso, 08 de junho de 2017 






O pedido dos espaços financiados pelo Estado foi recebido com grande consternação pelo primeiro-ministro do Estado australiano de Victoria. O Conselho Islâmico de Victoria justificou a solicitação referindo que “em especial os jovens muçulmanos estão a ser vigiados em todo o lado todos os dias, e esta vigilância 24/7 está a ser interiorizada e a conduzir a problemas mentais graves”

Um pedido efetuado na quinta-feira no estado australiano de Victoria para que sejam criados espaços financiados pelo Estado onde os muçulmanos possam expressar sem receios as suas críticas “inflamadas” foi recebida com grande consternação entre os governantes locais, que condenaram veementemente a ideia.


A solicitação ocorre dias após um alegado membro do autodenominado Estado Islâmico (Daesh), armado e com uma mulher como refém, ter sido abatido num aparthotel de Melbourne, no estado de Victoria, onde foi encontrado um corpo mortalmente alvejado.

O Conselho Islâmico de Victoria requereu que fundos federais do programa de contraterrorismo fossem redirecionados para a “urgente criação de espaços seguros necessários para os jovens muçulmanos poderem se encontrar e falar sobre diversos assuntos de forma emocional”. “Um espaço onde possam ser francos e mesmo usar palavras que no espaço público soariam inflamadas”, referiram.

O primeiro-ministro de Victoria, Daniel Andrews, declarou ficar “muito perturbado” com qualquer sugestão de espaços seguros onde os jovens muçulmanos possam “tornar-se radicais”.

Não há forma segura de manifestação contra o Ocidente. Não há forma segura de manifestação contra os valores que nos são queridos”, declarou aos jornalistas.

Eu estou muito perturbado com a sugestão de podermos ter um espaço onde as pessoas possam ser radicais como parte de um programa de combate à radicalização. Isso não me faz qualquer sentido”, acrescentou.

O Conselho Islâmico justificou a sua proposta alegando que a ascensão da retórica política de extrema-direita criou um “cultura de vigilância para as nossas famílias”.

Em especial os jovens muçulmanos estão a ser vigiados em todo o lado, todos os dias, e esta vigilância 24/7 está a ser interiorizada e a conduzir a problemas mentais graves e ao aumento das tensões familiares.”

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