Euronews, 11 de maio de 2017.
Por Ricardo Figueira.
Foi a primeira vez, nos últimos cinco anos, que o presidente russo Vladimir Putin e o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmud Abbas se encontraram. Abbas visitou Putin em Sochi, para ouvir do presidente russo palavras de apoio ao processo de paz. Isto numa altura em que a Autoridade Palestiniana está debaixo de fogo, devido aos pagamentos aos presos palestinianos e famílias.
No encontro com Abbas, Putin insistiu que a paz na região tem de passar pela coexistência de dois Estados: “O conflito israelo-palestiniano só pode ter uma solução política, com negociações baseadas no direito internacional. Quero sublinhar que a coexistência pacífica dos Estados de Israel e da Palestina é a condição indispensável para a segurança e para a estabilidade no Médio Oriente”, disse o presidente russo.
Abbas, apesar das críticas, diz-se empenhado na luta contra o extremismo, mas diz também que só a independência da Palestina vai por fim à violência: “Acreditamos que a luta contra o terrorismo e o extremismo é uma responsabilidade internacional. Do nosso lado, estamos empenhados [pelo terrorismo]. Acreditamos que a liberdade e a independência do nosso povo vão fazer desaparecer o núcleo desse extremismo e ajudar a criar os alicerces da paz e da segurança na nossa região”.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas pediu o fim do pagamento aos presos palestinianos e às famílias daqueles a que a Autoridade Palestiniana chama “mártires”. Pagamentos feitos, muitas vezes, a culpados de crimes de sangue, com o dinheiro dado pela comunidade internacional, incluindo a União Europeia.
Em Belém, na Cisjordânia, o exército israelita entrou em confrontos com manifestantes, solidários com os presos palestinianos em greve de fome em Israel. Entre 1300 e 1500 presos estão em greve de fome há cerca de três semanas, por melhores condições e mais contacto com as famílias.
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