Membros do NPA, braço do CPP. |
GMA, 24 de maio de 2017.
Por Joseph Tristan Roxas.
O Partido Comunista das Filipinas (CPP) nesta quarta-feira pediu para que o seu braço armado, o Novo Exército do Povo (NPA), conduzisse mais ofensivas como uma forma de resistir a declaração da lei marcial do presidente Rodrigo Duterte.
“O partido convida o NPA para planejar e realizar ofensivas mais táticas em toda Mindanao e em todo o arquipélago”, disse a CPP em um comunicado de imprensa.
“Em face da declaração de lei marcial do regime Duterte em Mindanao, a necessidade de travar a luta armada revolucionária se torna cada vez mais clara”, acrescentou, uma vez que também pediu ao NPA que acelere o seu recrutamento de novos combatentes.
Duterte colocou toda a Mindanao sob lei marcial na terça à noite após os ataques do grupo terrorista islâmico Maute, inspirado no ISIS, na cidade de Marawi, resultando em confrontos com os militares e policiais que mataram cinco e feriram outros 31 soldados do governo.
O CPP denunciou a declaração de Duterte, e disse que travar uma resistência armada é a “única maneira eficaz” de resistir a lei marcial que dizem terem provado durante o regime do falecido presidente Ferdinand Marcos.
“Como comprovado no período Marcos, a resistência armada revolucionária é a maneira mais eficaz de resistir à lei marcial, defendendo os direitos democráticos [ata!] do povo e inspirando-os a travar lutas cada vez maiores”, afirmou.
'Intensificar ações das massas'
Enquanto isso, o CPP também pediu aos filipinos para condenar a regra de lei marcial de 60 dias e exigir sua suspensão imediata.
“O CPP exorta o povo filipino para se opor vigorosamente a declaração de lei marcial do Duterte em Mindanao e exigir o seu levantamento imediato”, disse.
“Eles devem realizar e intensificar as ações de massa de protesto em todo o país, reivindicar o fim da lei marcial, e fazer valer o domínio civil e respeitar os direitos civis e políticos, além de destacar as demandas básicas dos trabalhadores e camponeses e outros setores democráticos”, acrescentou o CPP.
O CPP disse que a base de Duterte para a lei marcial foi feita sob o “estreito pretexto” dos confrontos armados “na vã esperança de justificar a declaração da lei marcial”.
O grupo também disse que Duterte fez nada menos do que se posicionar como um governante militar e homem forte quando jurou ser duro contra o grupo Maute, que alegaram que só serve apenas para que os militares cometam abusos de direitos humanos.
“Ao fazê-lo, Duterte praticamente ordenou aos soldados da AFP que imponham sua regra e realizem mais abusos com extrema impunidade”, acrescentou.
O CPP também alertou que Duterte pode declarar lei marcial em todo o país em sua situação para combater a criminalidade.
“Se Duterte conseguir garantir o apoio do Congresso para a lei Marcial em Mindanao, ele certamente será encorajado a impor a lei marcial em todo o país. Ele pode facilmente vir com mais pretextos como 'a luta contra a criminalidade' e assim por diante”, afirmou.
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