31 de mai. de 2017

Entenda como o Partido Comunista Chinês usa sua militância no exterior





Epoch Times, 31 de maio de 2017. 






A militância de grupos pró-comunistas custam uma fortuna ao Partido Comunista Chinês, que os usa para desestabilização social no exterior

Eles vieram nas centenas com suas camisetas verde-limão, fazendo gestos ameaçadores e muito barulho durante um desfile com aproximadamente 1.200 pessoas, que percorria uma via pública no distrito central de negócios de Hong Kong em 23 de abril.

Os membros da “Associação de Cuidados da Juventude de Hong Kong” e outras organizações da frente comunista, como associações provinciais pró-Pequim, têm sido frequentemente vistos protestando contra grupos locais pró-democracia ou eventos realizados por praticantes do Falun Gong, uma disciplina espiritual tradicional chinesa que está sendo suprimida na China desde 1999.


As recentes provocações dos grupos pró-comunistas durante o desfile promovido pelos praticantes do Falun Gong em 23 de abril custaram uma pequena fortuna ao regime. Após investigação, o Epoch Times descobriu que os manifestantes receberam mais de um milhão de dólares das autoridades provinciais chinesas. Estas provocações também representam parte da brutal campanha de perseguição fora da China, iniciada há 18 anos pelo ex-líder do Partido Comunista Chinês, Jiang Zemin.

Jiang se sentiu ameaçado pela popularidade do Falun Gong, que estava sendo praticado por 70 milhões a 100 milhões de chineses em seu auge, de acordo com estimativas do próprio regime chinês e dos praticantes. Jiang jurou “eliminar” o Falun Gong, assim estabelecendo uma organização extralegal: a Agência 610 (uma polícia secreta similar a Gestapo de Hitler) com foco em erradicar o Falun Gong. Em 20 de julho de 1999, a perseguição começou com prisões em todo o país.

Na China, centenas de milhares de praticantes estão sendo mantidos em alguma forma de detenção, eles são recebidos com sessões de lavagem cerebral e tortura em uma tentativa de fazê-los desistir de sua crença. Os praticantes detidos também estão em risco de serem mortos para abastecer o comércio ilegal de órgãos em expansão que é fomentado pelo regime chinês de acordo com pesquisadores da Extração Forçada de Órgãos na China.

Fora da China, o regime chinês reúne grupos pró-Pequim para perseguir os praticantes do Falun Gong e interferir com seus esforços de expandir a conscientização da sociedade sobre a perseguição em andamento.

Em 23 de abril, cerca de 1.200 praticantes do Falun Gong de Hong Kong, Taiwan e outros países asiáticos se reuniram na Praça de Edimburgo, em Hong Kong, perto do Porto Victoria, para demonstração dos exercícios da prática, além de realizar uma manifestação pacífica para denunciar a perseguição na China. Mais tarde, carregando bandeiras que chamavam a atenção dos transeuntes sobre a perseguição, os praticantes marcharam do Distrito Central até o Escritório de Ligação chinês. Os eventos foram realizados para comemorar o apelo pacífico de 10 mil praticantes do Falun Gong em Pequim, em 25 de abril de 1999.


Centenas de grupos pró-comunistas de Hong Kong estavam à disposição para atrapalhar as atividades do Falun Gong em 23 de abril. Os mais proeminentes eram os membros da “Associação de Cuidados da Juventude de Hong Kong” com suas camisas verde-limão. Eles agrediam verbalmente os participantes e seguravam cartazes com slogans anti-Falun Gong. Cerca de 50 membros dessa associação vestiam camisas vermelhas e tocavam músicas comunistas com instrumentos utilizados em bandas militares.

A “Associação de Cuidados da Juventude de Hong Kong” foi fundada em 2012 e é amplamente acreditado ser uma organização ligada a Agência 610. A associação tem sua sede no mesmo edifício que a unidade de Shenzhen da Agência 610, de acordo com o jornal de Hong Kong, Apple Daily.

Os maoístas da “Associação de Cuidados da Juventude de Hong Kong” recentemente enfureceram o chefe de uma associação local pró-Pequim, o que o inspirou a expor detalhes da conexão deles com o regime chinês ao Epoch Times. Devido ao chefe da associação pró-Pequim estar intimamente familiarizado com funcionários do Escritório de Ligação de Hong Kong e de Pequim, ele solicitou manter anonimato, assim sendo referido neste artigo como “Sr. Lam”.

Lam observou que o ataque dos grupos pró-comunistas aos praticantes do Falun Gong em 23 de abril foi o maior em escala até o momento. Ele veio a conhecer, por meio de um funcionário de alto escalão da agência de segurança pública de Shenzhen – cidade chinesa vizinha de Hong Kong -, que o regime chinês gastou mais de $1.28 milhão de dólares (cerca de $4 milhões de reais) para financiar este único protesto.

Lam disse que o dinheiro do protesto foi retirado dos fundos de “manutenção da estabilidade social” das províncias chinesas próximas a Hong Kong, como Guangdong e Fujian, e entregue às associações participantes em Hong Kong ou aos manifestantes chineses que chegaram do continente.

O regime chinês gasta bilhões todos os anos com programas ligados a “manutenção da estabilidade social” ou “manutenção da segurança doméstica”, que inclui a supressão de ativistas de direitos humanos e grupos espirituais como o Falun Gong, cristãos, tibetanos e entre outros.

O Ministério das Finanças chinês aponta que as despesa de 2016 com essas atividades é de cerca de $26 bilhões de dólares (cerca de $84 bilhões de reais), embora analistas afirmem que o valor real, incluindo gastos com instalações de detenção extralegais ou militantes contratados, pode ser muito maior.

Lam disse que cada um dos militantes recebeu entre $64 a $77 dólares (cerca de $207 a $240 reais) para protestar. Os líderes dos diferentes grupos receberam pagamentos substancialmente mais altos, disse ele.

Por exemplo, o líder de uma associação local de Fujian recebeu aproximadamente $260 mil dólares (cerca de $840 mil reais) das autoridades de segurança pública de Fujian. Esse líder possui uma pequena fortuna feita com a organização de atividades anti-Falun Gong em Hong Kong, de acordo com o Sr. Lam.

Entretanto, os dólares do regime chinês não compram mais facilmente o apoio dos cidadãos de Hong Kong nestes dias, disse Lam. Muitos possuem uma boa compreensão sobre o que é o Falun Gong e não desejam se unir ao esforço de perseguição estabelecida pelo Partido Comunista Chinês. Vários membros de associações de Fujian também optaram por não participar na perseguição ao Falun Gong durante o desfile de 23 de abril em Hong Kong.

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