Euronews, 18 de abril de 2017.
A primeira-ministra britânica pediu a realização de eleições parlamentares antecipadas para 8 de Junho, num anúncio surpresa a partir da sua residência em Downing Street.
“ Nas últimas semanas o Partido Trabalhista ameaçou votar contra o acordo final alcançado com a UE, os Liberais Democratas disseram que farão tudo para bloquear as negociações do governo, o SNP diz que vai votar contra a legislação que formalmente revoga a adesão da Grã-Bretanha ( …) A divisão em Westminster irá por em risco a nossa capacidade de cumprir com sucesso o Brexit e vai causar incerteza e instabilidade no país. O que eles estão a fazer compromete o trabalho que temos pela frente mas não enfraquece a nossa posição na negociação do governo com a Europa “.
Para validar a votação, a chefe do governo ainda tem de obter aprovação parlamentar por maioria de dois terços.
Na sua declaração, May acusou a oposição de ‘jogos políticos’ que minam o país nas negociações do ‘Brexit’ e afirmou que a oposição deve apoiar a sua proposta de convocação de eleições para dar uma opção aos eleitores e para que o país possa dotar-se de uma lideranca forte, capaz de enfrentar os desafios do futuro.
Tendo em vista as negociações para o Brexit, Theresa May pede eleições antecipadas, uma aposta que visa reforçar a sua maoiria mas que é também vista como uma oportunidade pelos partidos da oposição.
Ela assumiu as rédeas do executivo, sem ser eleita, dias após o simso do 23 de junho de 2016 provocado pelos resultados do referendo em que 52% dos britânicos votaram pelo para Brexit, levando seu antecessor David Cameron a demitir-se .
O lider do Partido Trabalhista, Jeremy Corvyn
Para validar o voto, três anos antes de sua data prevista, May ainda tem de obter aprovação parlamentar quarta-feira para a maioria de dois terços. “Congratulo-me com a oportunidade para o Partido Trabalhista em levar o caso ao povo da Grã-Bretanha, para enfrentar este governo e a sua falhada agenda económica que deixou o nosso sistema nacional de saúde cheio de problemas, que deixou as nossas Escolas sem financiamento, que deixou tantas pessoas inseguras.Queremos levar o caso além do povo da Grã-Bretanha, queremos uma sociedade que cuida de todos, uma economia que cuida de todos, e um Brexit que funcione para todos “.
Uma reação positiva, também, ao anúncio de May por parte da chefe do governo escocês, Nicolas Sturgeon : “Mas é muito claro que o anúncio da primeira-ministra, hoje, é um todo sobre os interesses estreitos de seu próprio partido, não os interesses do país em geral. Claramente ela agarra esta oportunidade para tentar esmagar toda a oposição, para se livrar das pessoas que discordam dela”.
Um mandato mais forte também permitiria a May resolver a questão da Escócia com mais calma. Os escoceses estão a caminho de um novo referendo da independência em resposta a Brexit que rejeitam.
Quanto ao chefe dos democratas liberais, Tim Farow, este defende uma oposição decente: “É uma oportunidade para as pessoas mudarem a direção deste país, decidir que não querem um Brexit duro, que querem manter a Grã-Bretanha no mercado único e, na verdade, é uma oportunidade para nós criarmos uma oposição decente neste país de que precisamos desesperadamente “
Theresa May assumiu as rédeas do executivo, sem ser eleita, dias após o sismo de 23 de junho de 2016 provocado pelos resultados do referendo em que 52% dos britânicos votaram pelo Brexit, levando seu antecessor David Cameron a demitir-se .
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