27 de abr. de 2017

Ateísmo – Arábia Saudita condena homem à morte por renunciar ao Islão e a Maomé




DN, 27 de abril de 2017. 



Jovem na casa dos 20 anos perdeu dois recursos após ser preso sob acusações de blasfémia por postar vídeos nas redes sociais em que afirma afastar-se da religião

Um homem na Arábia Saudita foi condenado à morte por ter renunciado ao Islão e ao profeta Maomé.

Ahmad Al-Shamri, na casa dos 20 anos e natural da cidade de Hafar al-Batin, chamou a atenção das autoridades em 2014, por alegadamente ter usado as redes sociais. Nesses vídeos, terá então renunciado à religião, diz o The Independent.

Foi preso, acusado de ateísmo e blasfémias, e continuou detido até ser condenado à morte por um tribunal local, em 2015. Após dois recursos, que foram rejeitados, a decisão é agora final, de acordo com meios de comunicação locais, diz a publicação inglesa.

Um dos argumentos da defesa foi que Al-Shmari estaria com problemas mentais e ainda sob a influência de álcool e drogas aquando da realização dos vídeos. O caso foi até ao Supremo Tribunal, que também rejeitou o recurso e manteve a sentença.

O The Independent diz ainda que, apesar de várias histórias nos últimos anos identificarem o jovem, a identidade e a sentença nunca foram confirmadas e verificadas pelas autoridades sauditas.

De acordo com as apertadas leis religiosas da Arábia Saudita, deixar o Islão pode levar a severas penas de morte e castigos corporais. Inclusivamente, em 2014, decretos do rei Adbullah definiram os ateus como terroristas, de acordo com o Observatório dos Direitos Humanos.

O nome de Al-Shamri tem estado em destaque no Twitter e alguns utilizadores celebram a condenação.


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