Euronews, 23 de março de 2017.
Um ex-deputado russo, que estava refugiado na Ucrânia, foi abatido a tiro, esta quinta-feira, no centro de Kiev.
Antigo membro do Partido Comunista, Denis Voronenkov tornou-se, nos últimos meses, num acérrimo critico do Kremlin e da anexação da Crimeia, apesar de antes ter votado a favor da medida.
O político, de 45 anos, refugiou-se na Ucrânia, obteve cidadania ucraniana e era uma testemunha-chave num processo contra o antigo presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, por alta traição.
Petro Poroshenko, o atual chefe de Estado, classificou a morte de Voronenkov como um “ato de terrorismo de Estado cometido pela Rússia”.
Moscovo não demorou a reagir. Maria Zakharova, porta-voz de Serguei Lavrov, estranhou que “as autoridades ucranianas e a imprensa tenham responsabilizado a Federação Russa menos de uma hora depois do incidente”, considerando que assim “será impossível existir uma investigação imparcial e objetiva deste crime”.
As autoridades ucranianas acreditam que Voronenkov foi morto por um “assassino contratado”, que foi abatido no local e acabou por morrer no hospital.
Voronenkov e a mulher, cantora e também deputada, fugiram para a Ucrânia no final do ano passado. O ex-deputado era procurado na Rússia por alegada fraude.
Artigos recomendados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário