Euronews, 27 de março de 2017.
Os turcos que vivem fora do país começaram a votar no referendo sobre o alargamento dos poderes do presidente.
A consulta popular decorre apenas a 16 de abril na Turquia, mas os emigrantes já podem participar neste escrutínio.
Na Europa as mesas de voto estão foram instaladas nas embaixadas e consulados dos países com maior representação da comunidade turca. Entre a diáspora as opiniões dividem-se. Em Berlim, na Alemanha, um turco explica que “temos uma República Turca e vamos apoiá-la até ao fim. Estamos aqui para apoiar a estabilidade do nosso país”.
Mas há também quem conteste esta consulta: “Gostaria de informar o público que este referendo não está a decorrer de forma democrática e há forças da oposição que estão a ser excluídas deste processo eleitoral”, garante um outro cidadão turco residente em Berlim.
Recorde-se que este referendo já provocou algumas tensões diplomáticas uma vez que o partido do presidente quis fazer comícios em vários países europeus mas as autoridades na Alemanha e Holanda, impediram a realização destes encontros.
Se no referendo forem aprovadas as alterações à Constituição, a Turquia vai transformar-se num regime presidencialista e os poderes de Erdogan vão sair muito reforçados. A campanha pelo “sim” defende que este reforço é necessário para “defender a soberania” do país, ameaçado pelos atentados do Daesh, a guerra na Síria e os conspiradores por trás do golpe falhado de Julho.
Os apoiantes do “não” garantem que estas alterações só vão tornar o presidente ainda mais autoritário.
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