Euronews, 14/02/2017
Por Miguel Roque Dias
Michael Flynn, o assessor da Casa Branca para a segurança nacional, demitiu-se esta madrugada.
Flynn tem estado sob cerrado ataque devido a conversas com o embaixador russo antes de tomar posse.
Na carta de demissão, Flynn afirma que “infelizmente, pelo ritmo dos acontecimentos, informei inadvertidamente e de forma incompleta ao vice-presidente, Mike Pence, e a outros sobre as minhas ligações com o embaixador russo”, em Washington, Sergey Kislyev.
It's with a heavy heart that I've tendered my resignation to @POTUS. It's been an honor & privilege to serve. Thank you all for your support pic.twitter.com/WtOfRhC9XE— Michael Flynn (@GenMikeFlynn) 14 de fevereiro de 2017
Durante o telefonema Flynn falou das sanções contra a Rússia pela alegada ingerência do Kremlin nas eleições dos Estados Unidos da América, em novembro, impostas pelo então presidente, Barack Obama.
O assessor demissionário mentiu, a Pence, sobre o conteúdo das ligações, assegurando que não tinha falado com Kislyev sobre as sanções.
Na carta de demissão, Michael Flynn defendeu que as conversas “são uma prática comum em qualquer transição com aquela magnitude”, e que o objetivo seria “facilitar uma transição suave e começar a construir uma relação necessária entre o presidente, os assessores e os líderes estrangeiros”.
No Twitter, Flynn afirma que “se é necessário haver um bode expiatório para que esta administração continue a fazer avançar esta grande nação, dico orgulhoso de cumprir o meu dever.”
But if a scapegoat is what's needed for this Administration to continue to take this great nation forward, I am proud to do my duty.— Michael Flynn (@GenMikeFlynn) 14 de fevereiro de 2017
As conversas ocorreram no dia 20 de janeiro, antes da tomada de posse de Trump, e foram intercetadas pelo FBI.
Menos de um mês após ter entrado em funções, o Executivo de Donald Trump sofre, assim, a primeira baixa.
O tenente general do exército, na reserva, Keith Kellogg, assume interinamente o cargo até Donald Trump nomear um novo assessor da Casa Branca para a segurança nacional.
De acordo com a Reuters, citando uma fonte oficial, além de Kellogg, a administração Trump está a ponderar o nome do antigo diretor da CIA, o general, na reserva, David Petraeus, e o antigo vice-comandante do Comando Central, Robert Harward.
Com: Reuters
Nota do editorMichael Flynn desde sempre tem ligações com a Rússia, indo até um jantar da RT, canal estatal de notícias russas, e até mesmo indo em festas de amigos russos com ligações com o governo de Moscou. Sua saída entristece muitos que ouviram o seu apelo rigoroso contra o Islã que, embora esteja certo [o apelo], não o torna melhor, exatamente por ser um apoiador do governo de Moscou, e defensor assíduo de seu líder - o que no fim é um contrassenso, visto que Moscou apoia o terrorismo por meio do Irã, vendendo-lhes armas, entre outras coisas. Flynn pode ser um motivo de tristeza para os que apenas compraram sua fala contra o Islã, e ignoraram o fato dele associar-se com um inimigo que sustenta a Jihad do Irã, mas é um alívio aos republicanos, que pensam na nação e reconhecem o perigo da Rússia, ao contrário do executivo.
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