Euronews, 23 de janeiro de 2017.
Numa altura em que volta a crescer a tensão entre Kosovo e Sérvia, a Bruxelas acolhe, esta terça-feira, um encontro entre as duas partes para tentar acalmar a situação, considerada pelos observadores internacionais, como a mais tensa desde 2013. A Comisão Europeia espera que kosovares e sérvios cheguem a normalizar as relações, depois do Kosovo ter declarado independência em 2008.
A porta-voz do executico europeu, Maja Kocijancic, lembra que “os dois lados estão comprometidos com o diálogo e esperamos que este compromisso continue, incluindo a implementação dos acordos que foram alcançados”.
É no norte do território do Kosovo que se têm registado um aumento da tensão, exatamente onde se vive uma grande comunidade de sérvios. O Kosovo, com uma população maioritariamente albanesa, foi reconhecido como Estado independente por uma grande maioria dos países da União, mas a Sérvia, com o apoio da Rússia, recusa-se a aceitar esta independência.
Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros de Moscovo, defende que os líderes europeus têm responsabilidade na manutenção do conflito diplomático: “nesta situação a União Europeia tem de tentar reduzir a tensão: primeiro deram indicações para que a liberdade de movimentos das populações não fosse restringida e logo de seguida indicações para que as forças de étnia albanesa não estivessem presentes no norte do Kosovo, onde há muitos sérvios”, afirmou Lavrov.
Já na semana passada, um comboio saiu de Belgrado com destino a Mitrovica. Nas carruagens podia ler-se a frase “Kosovo é Sérvia”. Mas autoridades sérvias travaram a entrada do comboio em território kosovar para impedir potenciais retaliações contra a população de Mitrovica.
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