JP, 29-30 de dezembro de 2016.
Christina Fernandez Kirchner enfrentou várias acusações criminais desde que deixou o cargo há um ano.
Um tribunal de apelações da Argentina reavivou nessa quinta-feira um caso de acusação contra a ex-presidente Christina Fernandez Kirchner, por tentar encobrir o alegado papel do Irã no atentado ao centro judaico de Buenos Aires em 1994.
O promotor que primeiro apresentou a alegação, Alberto Nisman, morreu misteriosamente em janeiro de 2015, e um juiz mais tarde arquivou o caso por falta de provas. Mas essa decisão foi revogada na quinta-feira, reabrindo o processo de acusação contra Fernandez.
“A evidência não permite uma clara rejeição da possível comissão de atos ilícitos”, disse o centro oficial de informações judiciais CIJ do país em um comunicado. “As acusações devem ser pesadas antes da rejeição”.
Os tribunais argentinos acusaram o Irã de patrocinar o ataque, que matou 85 pessoas no centro da comunidade judaica AMIA.
Nisman foi encontrado em sua casa com um tiro na cabeça dias depois de acusar Fernandez de tentar descarrilar a investigação sobre o atentado como parte de um plano para tentar salvar um negócio sobre energia e comércio de grãos argentinos em troca petróleo iraniano.
Ela nega acusação chamando-a de absurda.
A morte de Nisman foi inicialmente classificada como suicídio, mas um funcionário investigando o caso disse no início deste ano que as evidências apontavam para homicídio.
O acusador estava há apenas algumas horas de uma aparição programada no Congresso para informar os legisladores sobre suas acusações contra Fernandez quando o seu corpo foi encontrado no chão de seu apartamento, e uma pistola de calibre 22 ao seu lado.
O Irã negou repetidamente qualquer ligação com o atentado, e um juiz argentino em fevereiro de 2015 rejeitou as acusações de Nisman como infundadas. Um painel de revisão mais tarde concordou com uma votação de 2-1, que foram encontradas provas insuficientes para investigar formalmente Fernandez.
Ela enfrentou várias acusações criminais desde que deixou o cargo há um ano. Ela foi indiciada nesta semana por acusações decorrentes de alegações de que ela e altos funcionários de sua administração gastaram dinheiro destinado a projetos de obras públicas.
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