Euronews, 07-08 de dezembro de 2016.
Por Pedro Sacadura.
A sede do Partido Democrático, em Roma, onde Matteo Renzi proferiu um discurso emocionado mas pleno de intenções, serviu de antecâmara para saída de cena como primeiro-ministro.
Cumprindo o que tinha prometido antes do referendo sobre a reforma constitucional, Renzi formalizou, esta quarta-feira, o pedido de demissão da chefia de Governo.
Aconteceu durante uma reunião com o presidente Sergio Mattarella, que começará uma ronda de consultas, como explicou o secretário-geral da República italiana: “O presidente debruçar-se-á sobre a decisão e pediu ao Governo para se manter em gestão corrente. O chefe de Estado iniciará consultas esta quinta-feira, 8 de dezembro, às 18h00 locais, 17h00 em Lisboa. O horário dos encontros será anunciado através do gabinete de imprensa.”
Matteo Renzi já tinha renunciado no rescaldo da derrota no referendo de domingo, mas o presidente pediu-lhe que se mantivesse em funções até a aprovação definitiva do Orçamento.
A proposta do Orçamento acabou por ser aprovada esta quinta-feira no Senado com 173 votos a favor e 108 contra, depois de ter tido a “luz verde”, na semana passada, da Câmara dos Deputados.
Num discurso proferido na sede do Partido Democrático, esta quarta-feira, em Roma, o ainda primeiro-ministro italiano, fez um balanço do mandato como chefe de Governo e elencou vários desafios com que Itália se confronta. Também deixou entender que se mostra aberto a eleições antecipadas ou à possibilidade de um governo de unidade nacional.
As palavras de Matteo Renzi fizeram-se ouvir no dia em que o Parlamento italiano aprovou o Orçamento de Estado para 2017, o que deveria acontecer na sexta-feira. Superado este processo, Renzi ficou com o caminho livre para apresentar formalmente, ainda hoje, a demissão ao presidente Sergio Mattarella.
Legge di bilancio approvata. Alle 19 le dimissioni formali. Grazie a tutti e viva l'Italiahttps://t.co/PLsLxcrPGS— Matteo Renzi (@matteorenzi) 7 de dezembro de 2016
A proposta do Orçamento foi aprovada no Senado com 173 votos a favor e 108 contra, depois de ter tido a “luz verde”, na semana passada, da Câmara dos Deputados.
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