Euronews, 06 de dezembro de 2016.
Angela Merkel foi reeleita líder dos "Cristãos" Democratas alemães pela nona vez consecutiva com quase 90% dos votos.
A Chanceler obtém assim o apoio da formação, durante o congresso da CDU em Essen, para recandidatar-se a um novo mandato em setembro do próximo ano.
Um resultado, no entanto, abaixo do recorde de 97% de votos há quatro anos, que revela as divisões criadas pelo debate em torno da política migratória do governo.
No seu discurso de vitória, Merkel prometeu uma linha mais dura face à imigração e ao extremismo.
“Não queremos sociedades paralelas, e temos que evitá-las em todos os sítios onde se manifestem. As nossas leis têm prioridade sobre códigos de honra, tribais ou regras familares e a a ‘sharia’ (a lei islâmica). Isso também significa mostrarmos a cara quando nos cruzamos na rua. É por isso que o véu islâmico integral não é apropriado e deverá ser proibido, sempre que seja possível a nível legal, pois é algo que não tem nada a ver connosco”, afirmou Merkel.
Palavras que se destinam antes de mais a contrariar a vaga populista na Europa, representada na Alemanha pelo partido AFD (Alternativa para a Alemanha).
A formação, inicialmente apenas eurocética, alcançou o terceiro lugar como partido nacional, graças ao seu discurso anti-Islão e anti-imigração.
Um terreno fértil depois de Angela Merkel ter permitido e defendido a entrada de mais de um milhão de refugiados no país, no ano passado.
A CDU tenta agora virar a página sobre o episódio de maior impopularidade da Chanceler, ao defender medidas como o reforço do número de expulsões de pessoas sem direito a asilo e o prolongamento do período de retenção de migrantes.
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