Euronews, 05 de dezembro de 2016.
Muitos líderes europeus lamentam a demissão de Matteo Renzi após a vitória do “Não” no referendo à reforma constitucional em Itália, mas também defendem que se trata de um assunto interno do país, que não reflete o sentimento dos italianos face ao bloco comunitário.
A chanceler alemã, Angela Merkel, lamentou o facto “do referendo não ter resultado no que desejava o primeiro-ministro [italiano]”, lembrando que ela “sempre” suportou “as suas políticas de reforma. Mas trata-se, claro, de uma decisão doméstica italiana que todos devemos respeitar”.
O ministro francês das finanças afirmou, por seu lado, que a Itália é “um país sólido e empenhado na construção europeia”. Michel Sapin defendeu que “não devemos analisar o resultado italiano mais além do que a questão da mudança na constituição. Os italianos votaram claramente ‘Não’. Mas se lhes perguntarem acerca da Europa, são ferozmente favoráveis à construção da Europa e a uma Itália nesta Europa”.
O presidente do Eurogrupo descartou a necessidade de uma “intervenção de emergência” em Itália, destacando as “instituições fortes” do país.
Jeroen Dijsselbloem disse que “é um processo democrático e não muda realmente a situação económica em Itália, ou nos bancos italianos. Os problemas que temos hoje, são os mesmos que existiam ontem e com os quais ainda é preciso lidar”.
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