Euronews, 14 de dezembro de 2016.
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado de domingo contra uma igreja cristã copta no Cairo. Num comunicado publicado na internet, os islamitas identificam o suicida que fez deflagrar a carga explosiva dentro do templo, provocando a morte de 25 pessoas.
As autoridades egípcias afirmam ter igualmente identificado o autor do ataque, de 22 anos de idade e nacionalidade egípcia. Segundo o ministério do Interior, o homem teria sido detido em 2014 quando efetuava a segurança das manifestações do movimento da irmandade muçulmana, banido pelo atual regime egípcio.
O partido islamita, alvo de uma perseguição por parte do regime militar, negou qualquer implicação no ataque, quando o executivo do Cairo imputava a organização do atentado a uma filial da irmandade muçulmana no Qatar.
Pelo menos quatro pessoas, três homens e uma mulher, foram detidos para interrogatório no quadro da investigação ao ataque. A explosão visou a igreja de São Pedro e São Paulo no Cairo, perto da catedral de São Marcos, a sede do papa copta Tawadros II.
Nos últimos três anos pelo menos 42 igrejas coptas foram alvo de incêndios e outros tipos de ataques quando vários grupos fundamentalistas acusam a comunidade religiosa de apoiar o presidente Abdel Fattah al-Sissi e o golpe militar que levou à queda do presidente islamita Mohamed Morsi.
Os coptas do Egito representam cerca 10% da população do país e são a mais numerosa e antiga comunidades cristã do Médio Oriente.
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