Euronews, 11 de novembro de 2016.
Por Nara Madeira.
O presidente do Conselho de Administração do diário turco Cumhuriyet, ligado à oposição turca, foi detido, pela polícia, à chegada a Istambul, vindo da capital da Alemanha, Berlim.
Akin Atalay, que sabia que recaia sobre ele um mandado de detenção para averiguar “atividades terroristas”, emitido no mês passado, junta-se aos nove jornalistas da publicação, incluindo o diretor, detidos na semana passada. Atalay resolveu regressar ao país, mesmo sabendo que seria preso porque, diz, não fez nada que pudesse levar a esta situação.
Este jornal tem sido, nos últimos anos, um dos mais ferozes críticos do Presidente Recep Tayyip Erdogan e do Partido da Justiça e do Desenvolvimento, de raiz islâmica.
Turkey arrests Akin Atalay, head of opposition newspaper https://t.co/xQgtEEvLcE— Melanie Renzulli (@melanierenzulli) 11 de novembro de 2016
Em frente à sede do jornal dezenas de pessoas manifestaram-se, silenciosamente, contra a “purga” de o país está a ser alvo e, principalmente, contra as detenções de jornalistas, deste jornal em particular.
CHP'liler yurttaşlara Cumhuriyet Gazetesi dağıttı: Savunduğumuz özgürlük, demokrasi https://t.co/VBibiM8ZSr pic.twitter.com/T9uNNhd9xA— Cumhuriyet (@cumhuriyetgzt) 11 de novembro de 2016
Uma outra manifestação, na semana passada, acabou em violência.
Desde a falhada tentativa de golpe de estado no país, em julho, foram detidas cerca de 35 mil pessoas e dezenas de milhares perderam os empregos. Entre eles estão oficiais das Forças Armadas, juízes, professores, funcionários públicos e jornalistas.
Com Lusa e Reuters
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