Euronews, 18 de novembro de 2016.
Por Isabel Marques da Silva.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, revelou que alguns oficiais da Turquia destacados na organização pediram asilo a países aliados, após o golpe militar falhado de julho passado.
Na sequência do golpe, o Presidente Recep Tayyip Erdogan ordenou a suspensão, demissão ou detenção de mais de 100 mil pessoas, sobretudo nas forças de segurança, justiça, universidades e imprensa.
Numa entrevista à euronews em Bruxelas, a dois dias de visitar a Turquia, Jens Stoltenberg disse que “temos alguns casos de oficiais que pediram asilo”.
Stoltenberg escusou-se a precisar de quantos oficiais turcos falava e a identificar os países, afirmando apenas que a questão vai ser “avaliada e decidida” por cada aliado, como é prerrogativa de cada Estado soberano.
Questionado sobre quão preocupante é essa situação, o secretário-geral respondeu que “a minha prioridade é garantir que haja oficiais a preencher os diferentes postos na estrutura de comando da NATO. A questão do asilo é algo que os diferentes países nos quais os oficiais apresentaram pedidos têm que avaliar e decidir”.
O secretário-geral da NATO confirmou, ainda, que o governo de Erdogan fez mudanças entre os seus funcionários na organização e que espera que essas alterações sejam concluídas em breve.
A Grécia foi um dos países que recebeu pedidos de asilo de oficiais turcos poucos dias depois do golpe.
A primeira decisão dos serviços foi negativa, mas os requerentes apresentaram apelo no final do mês passado.
O regime turco exige a extradição desses oficiais que classifica como traidores.
A imprensa alemã também tem avançado notícias de pedidos semelhantes no país.
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