Euronews, 04-05 de novembro de 2016.
Com Lusa e Associated Press
As forças especiais iraquianas lançaram um ataque em duas frentes para penetrar no centro urbano de Mossul, desencadeando os mais intensos combates contra membros do grupo jihadista Estado Islâmico ou Daesh, desde que a ofensiva começou, há quase três semanas.
Segundo a Associated Press, avistavam-se, no local, colunas de fumo sobre os bairros do leste da segunda maior cidade do Iraque.
Os combates prosseguiram após o anoitecer, com explosões e fogo de metralhadoras a ecoar pelas ruas.
Horas antes, colunas de veículos blindados atravessaram o deserto para criar a nova frente de ataque, abrindo caminho enquanto apertavam o cerco aos bairros de classe média Tahrir e Zahara.
Sete atacantes suicidas em veículos com explosivos avançaram em direção às tropas, e dois deles detonaram as suas cargas.
Os restantes foram destruídos, incluindo um ‘bulldozer’ que foi atingido por um ataque aéreo da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.
As tropas que estão a avançar também foram atacadas com fogo pesado de morteiros e mísseis anti-tanque.
Pelo menos cinco soldados das forças especiais foram mortos e um oficial e três soldados ficaram feridos.
O Daesh luta pelo controlo de Mossul, enquanto as forças iraquianas e as tropas curdas aliadas se aproximam de todos os lados, apoiados pela coligação internacional.
Na terça-feira, as tropas iraquianas entraram no perímetro da cidade pela primeira vez em mais de dois anos.
As forças iraquianas enfrentam ainda semanas, talvez meses, de combates de rua.
Mais de um milhão de civis continua em Mossul, o que torna mais difícil o avanço. Os combatentes do EI encaminharam milhares de residentes para as zonas mais edificadas da cidade, para os usarem como escudos humanos.
Mossul é o último grande bastião do EI no Iraque, e expulsar o grupo jihadista da cidade será um profundo golpe para a sobrevivência do autoproclamado califado, que se estende até à Síria.
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