JP, 11 de novembro de 2016.
Um velho general militar revelou esta semana que seu país tem desenvolvido mísseis em solo estrangeiro, e os transferido para a organização terrorista Hezbollah.
Um funcionário na sexta-feira confirmou que a República Islâmica está fabricando armas na cidade de Aleppo, devastada pela guerra, de acordo com o jornal arábico de Londres Asharq Al-Awsat.
O chefe do Estado Maior das Forças Armadas iranianas, o Major-General Mohammad Bagheri disse que as instalações de produção de mísseis foram transferidas para a cidade sitiada nos últimos anos, marcando a primeira admissão por um alto funcionário iraniano de que Teerã está produzindo armas em terra estrangeira.
O general militar, falando em uma cerimônia cultural em Teerã no início desta semana, também revelou que os mísseis fabricados nas instalações de Aleppo foram usados pelo Hezbollah durante a sua guerra de 33 dias com Israel em junho de 2006.
A informação não era muito reveladora para os rebeldes sírios, segundo Asharq Al-Awsat, que lutaram contra o presidente Bashar Al-Assad em uma sangrenta guerra civil nos últimos cinco anos.
“A produção militar iraniana em solo sírio começou em 2002 como parte de um acordo firmado entre Bashar Al-Assad e a liderança iraniana”, disse o comandante do Exército Sírio Livre, coronel Ahmed Rahal, a Asharq Al-Awsat.
“A informação iraniana é muito precisa e verdadeira”, continuou, acrescentando que “a produção militar iraniana na Síria é parte de um plano militar e econômico abrangente entre os países”.
Bagheri também respondeu a uma ameaça emitida pelo presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump, em que disse em setembro que qualquer navio iraniano que atormentasse a Marinha americana no Golfo seria “expulso das águas” se ele fosse eleito.
Bagheri chamou a declaração de “piada”, e comentou que Trump “comeu muito açúcar” durante as campanhas, um provérbio farsi referindo-se a disparates, de acordo com Asharq Al-Awsat.
Cerca de 500 mil pessoas foram mortas desde que a guerra civil síria começou em 2011, de acordo com as Nações Unidas, com mais da metade da população sendo deslocada de suas casas.
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