Euronews, 16 de novembro de 2016.
Por Rodrigo Barbosa.
A Síria poderá tornar-se num “aliado natural” dos Estados Unidos: uma declaração surpreendente do próprio presidente sírio, numa entrevista à televisão portuguesa RTP.
Bashar al-Assad reagia à vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas, considerando “prometedora” a declaração do magnata de que está disposto a colaborar com a Rússia e a Síria na luta contra os extremistas do Estado Islâmico.
Mas Assad frisou que é preciso esperar para ver, já que “há dúvidas sobre se pode ou não cumprir as promessas. É preciso cautela, sobretudo porque nunca ocupou um cargo político antes. Mas se quer combater o terrorismo, será um aliado natural, à semelhança da Rússia, do Irão e de muitos outros países que pretendem derrotar os terroristas”.
Sob a administração de Barack Obama, os Estados Unidos, tal como a maioria dos países europeus, apoiam a oposição síria, enquanto Moscovo e Teerão estão do lado de Assad. O presidente sírio aproveitou a entrevista para defender e felicitar a intervenção russa:
“Os russos baseiam sempre as suas políticas nos valores, como os valores da soberania dos outros países, da lei internacional, do respeito pelos outros povos e culturas, por isso não interferem em nada do que diz respeito ao futuro da Síria e do povo sírio.”
A assistência da aviação russa tem permitido a Assad manter-se no poder e reconquistar terreno na Síria e o Kremlin já anunciou uma “nova ofensiva” para expulsar os rebeldes da segunda cidade do país, Alepo.
Artigos recomendados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário