A polícia em Pulheim, Renânia Vestfália do Norte, durante uma operação. |
The Local De, 15 de novembro de 2016.
A polícia alemã nessa terça-feira invadiu 200 endereços em dez estados em uma investigação contra um grupo islâmico suspeito de propagar incitação ao ódio para 140 jovens que foram lutar ao lado dos jihadistas na Síria e no Iraque.
O grupo, chamado de The True Religion (Die Religion Wahre), agora também está proibido, disse o ministro do Interior Thomas de Maizière. As autoridades alemãs consideram que o grupo seja inconstitucional e contra o princípio de ter a compreensão sobre as diferentes nações, de acordo com informações da DPA.
“Em todo o país, os islamitas jihadistas se reuniram neste grupo chamado The True Religion”, disse Maizière, em uma conferência de imprensa nessa terça-feira.
“Sob o pretexto de promover o Islã, e sob o pretexto de distribuição supostamente de versões traduzidas do Corão as quais foram feitas em zonas pedonais, mensagens de ódio foram propagadas e jovens radicalizados”, acrescentou o ministro do Interior.
O controverso programa da organização chamado “mentiras!” distribui cópias do Corão em alemão. Mas especialistas dizem que a tradução é uma versão particularmente estrita do texto original árabe.
A agência de segurança interna da Alemanha BfV acusa os membros do grupo de serem simpatizantes do Jihad e de ataques terroristas armados, alegando que haviam construído uma rede de recrutamento e reserva de jihadistas a nível nacional.
Maizière observou que após participar da campanha de distribuição do Alcorão organizado pelo grupo “140 jovens viajaram à Síria e ao Iraque onde se juntaram aos grupos terroristas."
A proibição de terça-feira é a maior proibição já dirigida na Alemanha contra grupos islâmicos após outra organização chamada “O Estado Califado” ser proibida em 2001.
Maizière ressaltou que a ação de terça-feira não é direcionada contra a distribuição de alcorões traduzidos, mas contra aqueles que “que usam a religião como pretexto para espalhar ideologia extremista e apoiar organizações terroristas”.
Nota: o Alcorão inteiro prega o ódio contra os infiéis, sejam ateus ou aderentes de outras religiões. O ministro continua mentindo falando que existe uma versão edulcorada do Islã dentro do alcorão, ou seja, todas as operações são inúteis.
“Os 140 ativistas que partiram com o grupo falam por si mesmos”, disse o ministro.
As operações ocorreram cerca de 6:30 nessa terça-feira de manhã com buscas através de apartamentos e escritórios de radicais islâmicos suspeitos.
Em Hesse, havia cerca de 65 buscas, incluindo 15 em Frankfurt, e cerca de 35 buscas a mais tanto na Baviera quanto em Renânia Vestfália do Norte. A polícia da Baixa Saxônia invadiu mais de 20 propriedades, e em Berlim investigadores procuraram através de cerca de 20 locais.
Houveram também 15 operações em Baden-Wurttemberg, e nos estados de Schleswig-Holstein, Renânia-Platinado e Hamburgo, cada um com cinco operações. Houve uma realizada em Bremen.
“Uma clara mensagem foi passada para o radicalismo islâmico: não toleramos fanáticos que tentam radicalizar os jovens e enviá-los para o Jihad”, disse Peter Beuth, ministro do Interior do Estado de Hesse, onde ocorreram algumas incursões.
“Ao proibir esta organização, uma importante fonte de radicalização foi erradicada em todo o país. Aqueles que se espelham em mensagens de ódio não podem se esconder atrás da liberdade de religião, o Ministério do Interior sublinhou isso com a proibição hoje”, acrescentou.
O BfV estima que os números de radicais islâmicos na Alemanha totalizam cerca de 9.200 a partir do final de outubro e continua a subir. O número de potenciais terroristas islâmicos é estimado como sendo de cerca de 1.200.
No mês passado, cerca de 870 pessoas tinham viajado da Alemanha para campos de batalha do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, e cerca de 20% dos quais são mulheres, de acordo com as agências de segurança.
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