DN, 07 de outubro de 2016.
Cuba e Vietname são antigos aliados comunistas de Moscovo e foram dois pontos quentes da Guerra Fria
A Rússia está a estudar a reabertura de bases militares em Cuba e no Vietname, antigos aliados comunistas de Moscovo, afirmou hoje o vice-ministro da Defesa russo, Nikolai Pankov.
As antigas bases militares soviéticas e russas nestes dois territórios estiveram ativas até ao início da década de 2000.
"Estamos a trabalhar nisso", referiu Nikolai Pankov em declarações aos jornalistas, sem precisar mais detalhes sobre as negociações.
A intenção de recuperar as bases navais russas nestes dois países já tinha sido anunciada pelas autoridades russas há quatro anos, quando Havana e Moscovo voltaram a ativar a cooperação.
Pouco tempo depois de ter chegado ao poder em 2001, o Presidente russo, Vladimir Putin, encerrou a base de espionagem situada em Lourdes, aberta em 1967 e que era o último remanescente da presença em massa soviética em Cuba. Na altura, a decisão do líder russo foi recebida com estranheza pelos círculos militares.
Em dezembro de 2008, uma frota russa liderada pelo contratorpedeiro anti-submarinos Almirante Chabanenko abriu um novo capítulo ao atracar em Havana pela primeira vez desde 1991.
Nos últimos anos, os dois países têm tentado restabelecer a estreita cooperação que Moscovo e o regime de Havana mantiveram durante a época da União Soviética.
O Kremlin (sede da Presidência russa) saudou o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, anunciado em julho de 2015, mas insiste no levantamento do embargo financeiro e económico norte-americano a Havana, em vigor desde 1962.
Parlamento russo aprova base aérea permanente na Síria/Euronews.
O Parlamento russo deu “luz verde” à instalação de uma base aérea permanente na Síria.
Com o voto favorável de 446 dos 450 deputados da Duma, foi ratificado esta sexta-feira um acordo com Damasco que prevê a mobilização “por uma duração indeterminada” de forças aéreas russas no aeródromo militar de Hmeimim, no oeste do território sírio.
O presidente do Parlamento russo, Vyacheslav Volodin, afirmou que “a Rússia é um país que ama a Paz e sublinha sempre que está a fazer tudo para apoiá-la. A operação na Síria constitui uma luta contra o terrorismo, contra o mal. E esta questão é importante para os cidadãos russos, bem como para os povos de outros países”.
A Rússia, que conta também com uma base naval em Tartus, no noroeste da Síria, iniciou a intervenção aérea no território a 30 de setembro de 2015, visando o que diz serem “alvos terroristas” em apoio do regime de Bashar al-Assab.
Mas os bombardeamentos russos, em particular em Alepo, atrairam as críticas do Ocidente, que denuncia crimes de guerra em ataques contra civis.
Por Rodrigo Barbosa.
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