Os homens comemoram a passagem para Espanha. |
The Local es, 13 de outubro de 2016.
Cerca de 100 migrantes africanos conseguiram escalar por cima da cerca entre o Marrocos e o enclave espanhol de Melilla nesta quinta-feira sob forte chuva, segundo a polícia, no último avanço ao sistema de fronteira.
“As oito (0600 GMT), desta manhã, houve um investida organizada que foi esmagada pelas forças marroquinas”, disse um porta-voz da polícia da Guarda Civil da Espanha à AFP.
"200 pessoas foram presas, mas 100 conseguiram chegar a Melila"
Os jovens da África subsaariana conseguiram obter passagem através de um sistema de fronteira que é composto de suas cercas de seis metros de altura (20 pés de altura), com cruzamentos de cabos de aço no meio.
A fim de obter a sua entrada, os migrantes costumam usar ganchos e sapatos com pregos.
Melila e Ceuta, outro enclave espanhol com cerca de 400 quilômetros (250 milhas) de distância, na costa norte da África, já há alguns anos, tem-se tornado um ponto de inflamação para migrantes que tentam entrar na Espanha.
Elas são as únicas fronteiras terrestres entre a África e a União Europeia.
Os migrantes que entraram através delas nesta quinta-feira foram levados para um centro de acolhimento temporário onde eles têm o direito de pedir asilo.
Poucos conseguem obter esse status, porém, pois muitas vezes eles são considerados migrantes econômicos.
As últimas dessas ações tiveram lugar em Melila em 04 de setembro, quando cerca de 100 migrantes também conseguiram atravessar.
Segundo a Organização para as Migrações, mais de 4.600 migrantes e refugiados da Ásia, África e Oriente Médio chegaram a Espanha por terra ou mar, nos primeiros seis meses do ano.
Mas as associações acadêmicas denunciam regularmente a forma como os migrantes são tratados e, particularmente, as condições prisionais ruins em setes centros de detenção de imigrantes da Espanha, que são voltados para pessoas que estão em vias de serem deportadas.
Em maio, a Anistia Internacional disse que o sistema de asilo da Espanha era “ineficiente, obsoleto e discriminatório”, e criticou o “embaraçoso” baio número de refugiados que foram recebidos.
[É porque os membros da Anistia não receberão nenhum potencial terrorista, por isso ficam tranquilos para criticar os outros.]
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