Flemming Rose. |
The Local dk, 31 de outubro de 2016.
O ex-editor dinamarquês que recomendou as caricaturas de Maomé que supostamente provocaram protestos violentos uma década atrás, na sexta-feira acusou o jornal Jyllands-Posten de tentar silenciá-lo, dizendo que tinham deixado os “jiahdistas” ganharem.
Em um livro a ser lançado na segunda-feira, intitulado “De besatte” (“O obcecado”), Flemming Rose acusa a administração do jornal de hipocrisia, alegando que o apoiaram em público, enquanto faziam de tudo o que podiam para silencia-lo em privado.
“O drama e a tragédia está no fato de que os únicos que ganharam foram os jihadistas”, disse ele ao jornal semanal Weekendavisen.
Rose disse que as regras para o que poderia dizer e escrever sobre as controversas caricaturas e assuntos relacionados a elas tinham sido esboçadas em um acordo de 2011 propostas pelo ex-editor chefe Jorn Mikkelsen, o ex-executivo-chefe da empresa e proprietário do jornal, Lars Munch, e o ex-presidente Jorgen Ejbol.
Entre as regras estava a proibição de participar de programas na televisão e rádio e abster-se de comentar sobre as caricaturas.
Rose, que saiu do jornal no ano passado, também disse que tinha sido acusado de ser “profundamente desleal” e “obcecado” pela sua solicitação de debates sobre as caricaturas.
“Você tem netos, você pensa sobre eles?” Ejbol é acusado de ter dito isto em 2015 após Rose concordar em entrevistar o político holandês anti-islã Geert Wilders em um evento público.
O proprietário do Jyllands-Posten, jp/ Politikens Hus, não fez comentários sobre o livro, mas Munch, agora presidente do grupo, disse em um comunicado que “não era sobre Flemming Rose, mas sobre a segurança de mais de 2.000 funcionários leais”.
Rose foi o editor cultural da “extrema-direita” no Jyllands-Posten em 2005, quando ele encomendou 12 caricaturas do profeta islâmico, que supostamente desencadearam protestos violentos em alguns países muçulmanos.
As charges também foram publicadas em 2006 no semanário francês Charlie Hebdo, onde terroristas muçulmanos armados mataram 12 pessoas no ano passado.
Rose, de 58 anos, ainda vive sob proteção policial por causa das ameaças de morte feitas contra ele, e tem havido inúmeros planos terroristas frustrados contra o Jyllands-Posten, que teve de tomar amplas medidas de segurança.
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