MCT, 12 de outubro de 2016.
A guerra com drones entrou recentemente em um novo capítulo em que os adversários da América podem entregar com sucesso explosivos através de aviões não tripulados baratos, disponível comercialmente, desafiando os militares doa Estados Unidos ao ponto de ficarem na defensiva.
Um drone do Estado Islâmico carregado de explosivos (IEDs) matou dois soldados curdos Peshmerga e feriu dois paraquedistas franceses no início deste mês na vizinhança de Erbil, Iraque, relatou o Popular Science.
O drone explodiu enquanto estava sendo inspecionado depois de ser derrubado, confirmou o coronel da Força Aérea John Dorrian, porta-voz da Operação Inerente, nesta quarta-feira.
“É uma ameaça que não é nova para a área”, disse ele, chamando o ataque de um ataque ao estilo cavalo de troia.
Também não é a primeira vez que o Estado Islâmico tem tentado isso.
Há pelo menos duas outras instâncias ao longo do último mês, em que o Estado Islâmico havia tentado utilizar drones para entregar explosivos, de acordo com o The New York Times.
Os dois soldados Peshmerga foram mortos em 02 de outubro, de acordo com um funcionário norte-americano, que disse que o avião parecia um avião modelo de isopor, e que tinha um estilo muito rudimentar, de acordo com a Associated Press. O funcionário disse que parecia estar carregando uma carga de C4 e baterias, e que poderia ter um temporizador sobre ele, informou a AP. [Medidor, ou ajustador de tempo, como aqueles de máquinas de lavar].
O Estado Islâmico não é o único grupo militante a utilizar a guerra de drones.
Um vídeo lançado recentemente pertencente a um ramo da Al-Qaeda, Jund Al-Aqsa, supostamente mostrou um drone desembarcando em quartéis militares sírios, informou a AP. Em outro vídeo, pequenos explosivos supostamente foram jogados por um grupo militante xiita, o Hezbollah, apoiado pelo Irã tendo como alvo um grupo militante sunita, o Jabhat Fatah Al-Sham, anteriormente conhecido como a Frente Nusra, perto de Aleppo. A tecnologia não é nova, mas os vídeos são a primeira demonstração conhecida dessas capacidades por quaisquer grupos militantes, de acordo com a AP.
Dorrian observou que a coalizão liderada pelos Estados Unidos tem trabalhado ativamente para combater a atividade de drones inimigos no Iraque.
Além de “sistemas avançados” não especificados para derrotar drones, ele citou a implantação do DroneDefender, um sistema que neutraliza drones em voo com empastelamento por pulso de rádio.
“Nós não deixaremos o inimigo desenvolver uma capacidade que ameace as nossas forças e as forças dos nossos aliados e parceiros e nem deixaremos essa ameaça sem solução”, disse Dorrian.
Como responder a essa “ameaça robô” já está sobre a mesa há vários anos, disse Rebecca Grant, presidente de Pesquisa da Idependent IRIS em Washington, DC.
“Nos jogos de guerra e exercícios, uma grande parte do pensamento será como combater isso no futuro, e não será muito diferente do que fazemos no trabalho de contrabateria, por isso devemos utilizar a vigilância por radar corretamente e, eventualmente, até lasers”, disse ela.
Tiros com lasers para derrotar drones não é ficção científica, no entanto.
A Marinha dos Estados Unidos conduziu com sucesso os testes reais de tiro a laser contra um drone de defesa no navio de transporte anfíbio da doca Ponce em 2014. O Escritório de Pesquisa Naval [Office of Naval Research] anunciou no ano passado que começaria a montagem de lasers, ou “Ground-Based Air Defense Directed Energy on-the-Move”, [Base Aérea Defensiva de Energia em Movimento/ou móvel] na Humvees, para derrotar drones no campo de batalha.
Mais recentemente, o Instituto de Defesa e Pesquisa avançada e Agência de Projetos pediu ajuda em agosto no desenvolvimento de novas formas de se defender contra pequenos drones dentro dos próximos quatro anos.
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