soldados suecos em Gotland. |
The Local SC, 20 setembro de 2016.
Militar da Suécia pediu aos funcionários para ficarem em alerta à medida que mais e mais incidentes poderiam estar ligados a suspeita de espionagem que estão surgindo em todo o país, relatou a mídia sueca.
“Toda semana eu recebo relatórios, tanto sobre as atividades menos graves, quanto de espionagem”, disse Mikael Frisell, chefe da região militar sueca do norte, a SVTV emissora pública, que divulgou a notícia dum memorando interno que tinha sido enviado por ele ao pessoal das Forças Armadas instruindo-os a ficar vigilantes.
De acordo com relatos não confirmados a SVT, um oficial da OTAN foi ameaçado pelos russos em uma visita a um pub durante um exercício da OTAN em Luleá, no norte da Suécia. Eles supostamente mostraram fotos de sua família e solicitaram informações específicas sobre o exercício.
Na semana passada, as Forças Armadas do país disseram que espiões estrangeiros estiveram presentes em um exercício militar internacional no sul da Suécia, em agosto, para “reunir informação de inteligência”.
E no início deste mês, o militar sueco do sul abriu uma linha telefônica dedicada a membros do público para fornecer dicas sobre comportamento suspeito e alerta sobre coleta de inteligência estrangeira.
“Todo mundo tem que começar a perceber que isto é o que parece agora, que isso realmente está acontecendo na Suécia e temos de começar a levar a sério”, disse Frisell.
Enquanto isso, o jornal Svenska Dagbladet também informou nessa terça-feira que os soldados tinham sido abordados por indivíduos não identificados durante outro recente exercício em Gotland, a ilha do Mar Báltico, onde a Suécia na semana passada decidiu designar tropas militares permanentes.
“As pessoas em veículos com marca estrangeira aproximaram-se dos soldados e fizeram diferentes tipos de perguntas sobre as operações”, disse o tenente-coronel Hans Hakansson ao jornal sueco.
Um porta-voz da imprensa para as Forças Armadas confirmou que maiores números de “incidentes de segurança” têm sido relatados nos últimos anos, mas acrescentou que isto também pode ser devido a uma maior vigilância.
“Sabemos também que há tentativas de contato acontecendo, reconhecimento, e que houve pessoas não autorizadas em veículos blindados”, disse Jesper Tengrouth ao jornal Aftonbladet.
O primeiro-ministro Stefan Lofven na segunda-feira negou sugestões de que uma crescente ameaça militar da Rússia estava por trás da decisão de colocar tropas permanentes em Gotland.
“Eu já disse isso antes e isto permanece inalterado: não há nenhuma ameaça militar direta para a Suécia”, disse ele. “...Mas temos sido capazes de observar que a situação de segurança mudou, por causa do que aconteceu na Ucrânia e a anexação da Criméia.”
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