Milorad Dodik |
Euronews, 26 de setembro de 2016.
Por Rodrigo Barbosa.
Sem supresa, os sérvios da Bósnia votaram maioritariamente a favor de continuar a celebrar o seu próprio “dia nacional” a 09 de janeiro, num referendo considerado ilegal pelo tribunal constitucional e que sublinha as profundas divisões étnicas e a fragilidade das instituições do país.
Mais de 99 por cento dos eleitores votaram por manter as comemorações do nascimento do que chamam a “República do povo sérvio”, razão suficiente para que o líder sérvio da Bósnia, Milorad Dodik, proclamasse uma grande vitória, dizendo-se “orgulhoso do povo da Republika Srpska”. O presidente da República Sérvia da Bósnia afirmou ainda que “os sérvios que não foram às urnas devem ter vergonha”, mas sublinhou que “o referendo foi um sucesso”.
O escrutínio ilustra a fragilidade institucional da Bósnia-Herzegovina saída dos acordos de Dayton, que marcaram o fim da guerra na ex-Jugoslávia, e criaram um país composto por duas entidades, a sérvia e a muçulmana-croata.
O tribunal constitucional bósnio considerou que as comemorações a 9 de janeiro seriam discriminatórias para as outras comunidades da entidade sérvia.
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