Euronews, 30 de setembro de 2016.
As milícias nacionalistas pró-Kremlin voltam a atacar-se a uma exposição artísticas em Moscovo.
Um grupo de 40 homens vestidos de camuflados militares vandalizou uma mostra fotográfica com imagens do conflito no Leste da Ucrânia.
Entre as imagens aspergidas de tinta vermelha encontravam-se várias fotografias de soldados ucranianos durante os combates no aeroporto de Donetsk.
Um deputado municipal de Moscovo, Dmitry Zakharov, que participou no protesto afirma:
“Quero oferecer este frasco com sangue das crianças da região de Donbass, para que a situação seja evocada de forma objetiva. Estes soldados mataram crianças”.
A exposição no Centro Sakharov, responsável pela promoção dos direitos humanos, apresentava imagens dos fotógrafos Alexander Vassoukovitch e de Serguei Loiko, jornalista no Los Angeles Times.
“O campo ausente nesta exposição está bem representado dentro da Rússia, quando ligamos a televisão, abrimos um jornal, falamos com alguém na rua. Mas porque é que as pessoas se ofendem e se tornam tão histéricas, se querem mostrar o outro lado que organizem também uma exposição, ninguém vai estar contra”, afirma Loiko.
O protesto contra a mostra, etiquetada de “fascista” pelos manifestantes ocorre depois de um grupo de nacionalistas ter obrigado ao encerramento de uma exposição de um fotógrafo norte-americano em Moscovo, etiquetada de “pornografia infantil”.
Em Agosto, um grupo de militantes ortodoxos tinha destruído as obras de um escultor da vanguarda soviética, classificadas de “blasfematórias”.
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