Kjartan Sekkingstad abordado pelos meios de comunicação no domingo, juntamente com o ministro filipino das negociações de paz, Jesus Dureza |
The Local NG, 19 de setembro de 2016.
O notório sequestro feito pelo grupo terrorista nas Filipinas do Sul, dilacerada por conflitos tornou-se lucrativo quando soltaram um refém norueguês depois de ser pago um resgate após um ano de cativeiro, disseram os analistas nessa segunda-feira.
Um barbudo e sujo, Kjartan Sekkingstad, foi libertado sábado em uma ilha remota do sul depois que analistas disseram que era quase certamente um pagamento na casa dos milhares de dólares após o Abu Sayyaf exigir milhões.
Os governos das Filipinas e da Noruega teriam negado pagar o resgate pela libertação de Sekkingstad, ao destacar os seus esforços para garantir a sua liberdade depois que os sequestradores haviam decapitado dois dos seus companheiros reféns.
Seu irmão foi sequestrado pelo Abu Sayyaf em uma estância turística em setembro de 2015, ao lado de uma filipina que foi libertada, e os dois canadenses que foram decapitados em abril e junho.
Autoridades das Filipinas disseram que o norueguês foi libertado devido a uma ofensiva militar que o presidente Rodrigo Duterte ordenou contra os militantes, e com a ajuda de um grupo que estabeleceu negociações de paz entre os muçulmanos e o governo.
Duterte havia dito no mês passado que 50 milhões (US $ 1 milhão) tinham sido pagos pela libertação de Sekkingstad.
“O daquele norueguês já está pago”, disse Duterte aos repórteres.
“Eu não sei [de onde veio o dinheiro] de onde veio, talvez do meu banco”, disse ele em tom de brincadeira quando perguntado sobre quem pagou o resgate.
Zachary Abuza, um especialista em segurança do Sudeste Asiático no Ntional War College, nos Estados Unidos, disse à AFP que não havia nenhuma dúvida de que o resgate foi pago.
“Eles [Abu Sayyaf] não o libertariam pela bondade em seus corações... Os governos têm de negar o pagamento de resgates, uma vez que incentiva a mais sequestros de reféns. Mas muitas vezes os governos vão utilizar terceiros.”
O pagamento permitiria ao Abu Sayyaf comprar mais armas através do mercado negro, Abuza acrescentou.
O Abu Sayyaf, acusado dos piores ataques terroristas no país, é uma rede de militantes formados na década de 1990 com dinheiro somente da rede Al-Qaeda, de Osama Bin Laden.
Com sede nas remotas ilhas do sul povoada por muçulmanos, nas Filipinas de maioria católica, o grupo é listado pelos Estados Unidos como uma organização terrorista, alguns de seus líderes desde então, prometeram fidelidade ao grupo Estado Islâmico.
Em 2014, o Abu Sayyaf se gabava de ter recebido 250 milhões por dois reféns alemães libertados após seis meses de cativeiro.
Em 2013, os militantes também soltaram um ex-soldado australiano, mantido por 15 meses, com um político local agindo como negociador para o resgate que foi pago.
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