Euronews, 07 de setembro de 2016.
Por Rodrigo Barbosa.
A guerra de palavras está ao rubro entre o Irão e a Arábia Saudita, a poucos dias do Hajj, a tradicional peregrinação muçulmana a Meca, este ano não autorizada aos peregrinos iranianos.
O líder supremo do Irão, o “ayatollah” Ali Khamenei, voltou a acusar os dirigentes sauditas de não saberem, nem “merecerem” gerir os locais santos do Islão. Ontem, o grande mufti da Arábia Saudita tinha dito que os iranianos, de confissão xiita, são “inimigos do Islão”.
Lembrando a debandada em Meca que, há um ano, resultou na morte de pelo menos 464 iranianos, o presidente do Irão, Hassan Rouhani, afirmou que a Arábia Saudita “não pediu desculpas, nem pagou qualquer indemnização. E nem sequer consultou outros muçulmanos [acerca de como gerir o Hajj] nos anos seguintes, nem tem planos para fazê-lo no futuro”.
A crise entre as duas potências regionais exacerbou-se devido à incapacidade para chegar a um acordo acerca da participação dos iranianos na peregrinação, um ano depois do choque provocado pela debandada que fez pelo menos 2300 vítimas mortais, no Hajj precedente.
Teerão já tinha acusado em maio o reino sunita de sabotagem e Riad tinha rejeitado as exigências do rival xiita para a participação dos seus peregrinos.
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