Rodrigo Duterte |
Euronews, 15 de setembro de 2016.
Por Nelso Pereira.
Um antigo membro de um “esquadrão da morte”, Edgar Matobato, disse a uma comissão de inquérito no Senado, esta quinta-feira, que o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, matou um funcionário do departamento de justiça e ordenou o assassínio de opositores, quando era presidente do município de Davao.
A comissão de inquérito, presidida pela senadora Leila de Lima, investiga os casos de assassinatos extra-judiciais na campanha movida por Duterte contra o tráfico de droga.
Leila de Lima estava também na lista negra de Duterte. Segundo Matobato, o esquadrão da morte do qual fazia parte recebeu em 2009 ordens do então presidente da Câmara para matar a senadora.
Durante o interrogatório, transmitido em direto pela televisão, o ex-membro do “esquadrão da morte” de Davao relevou que Rodrigo Duterte matou em 1993 um agente do Departamento Nacional de Inquérito, que depende do Ministério da Justiça.
Segundo Matobato, o agente tinha sido ferido num tiroteio e estava ferido no chão quando Duterte chegou e esvaziou contra ele dois carrregadores de uma pistola-metralhadora Uzi.
Ainda de acordo com Matobato, entre 1988 e 2013 o “esquadrão da morte” matou sobretudo indivíduos suspeitos de crime e inimigos pessoais da família de Duterte.
Desde que Duterte assumiu o poder em junho, a guerra contra a droga terá levado ao assassinato de cerca de 2.400 pessoas por “esquadrões da morte”.
O ministro da Justiça, Vitaliano Aguirre, classificou de “mentiras” as declarações de Edgar Matobato.
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