LifeNews, 22 de setembro de 2016.
Por Micaiah Bilger.
O aborto e a eutanásia não devem ser matérias de escolha para os médicos, dois dos principais bioeticistas canadenses e britânicos discutiram em um novo artigo na revista “Bioética”.
Os professores Udo Schuklenk e Julian Savulescu acreditam que os seus governos deveriam parar de proteger os direitos de consciências dos médicos e força-los a realizar, ou pelo menos, encaminhar os pacientes para abortos eutanásia, e outras práticas as quais os médicos se opõem por razões morais, relata o National Post. Em outras palavras, esses procedimentos mortais devem ser livres, facilitando “escolhas” acessíveis aos pacientes, mas não aos seus médicos.
Ambos Schuklenk e Savulescu são bioeticistas proeminentes que têm uma forte influência em seu campo. Schuklenk ocupa a cadeira de pesquisa em bioética da Universidade do Queen, em Ontário e é editor do jornal que publica matérias relacionadas. Savulescu é diretor do Centro Uehiro para a Ética Prática na Universidade de Oxford e editor do “Journal of Medical Ethics”, segundo o relatório.
Os dois também argumentam que as escolas médicas poderiam selecionar pretendentes pelos valores religiosos e morais e rejeitar aqueles que se recusam a realizar ou promover os processos de destruição da vida, tais como abortos e suicídios assistidos.
A proposta radical provocou alguma indignação na comunidade médica. Larry Worthen, da Christian Medical and Dental Society of Canadá, apontou que a proposta seria uma extrema violação dos direitos dos médicos.
“Em todas as jurisdições do mundo, a objeção de consciência é reconhecida de alguma forma”, Worthen disse ao National Post. “Os únicos governos na história da humanidade que removem os direitos de consciência desta forma são os governos totalitários.”
O argumento dos dois bioeticistas pode parecer impensável, mas não está muito longe do que está sendo empurrado nos Estados Unidos, Canadá e muitos outros países europeus.
Atualmente, a Administração Obama está tentando forçar um grupo de freiras a violar suas consciências e pegar por drogas que podem causar abortos nos planos de saúde dos empregados.
Sua administração também tem ignorado uma lei federal permitindo a Califórnia forçar igrejas a pagar por abortos nos planos de saúde dos empregados, relatou LifeNews. Apesar dos apelos contínuos das igrejas pró-vida há mais de um ano, a administração tem feito praticamente nada para cumprir a promessa de olhar o assunto.
Em maio, o governo Obama também emitiu uma nova regra, em nome da “equidade” que coloca pressão sobre os médicos e hospitais para promover e realizar abortos, ou correr o risco de perderem os fundos federais do Medicare e Medicaid.
A American Civil Liberties Union também parece estar em uma missão para forçar os hospitais católicos e médicos a realizarem ou promover abortos e outros procedimentos que violam as suas consciências. Nos últimos anos, o grupo jurídico liberal entrou com várias ações judiciais contra hospitais religiosos que não recomendam ou realizam abortos em pacientes grávidas.
A ACLU afirma que por causa dos hospitais católicos fornecerem uma grande porcentagem dos cuidados de saúde nos Estados Unidos, estão restringindo o acesso das mulheres ao aborto. Felizmente, até agora, os tribunais decidiram contra a ACLU em vários dos casos.
A Conferência dos Bispos dos Estados Unidos e outros grupos religiosos vêm alertando há um bom tempo o público sobre a erosão das proteções de consciência para os médicos e outros profissionais médicos.
Em 25 de outubro de 2015, a Secretaria de Atividades Pró-Vida dos bispos dos Estados Unidos explicou a necessidade de proteções de consciência mais fortes. Eles deram vários exemplos de quando os funcionários forem coagidos a violar as suas consciências. Em um caso de 2009, uma enfermeira do hospital de Nova York chamada Cathy DeCarlo foi forçada a desmembrar um feto de 22 semanas, em um aborto, afirma o relatório.
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