Euronews, 16 de agosto de 2016.
Por Rodrigo Barbosa.
O chefe da diplomacia turca debateu com o homólogo norte-americano a eventual extradição do influente clérigo Fetullah Gulen, exilado nos Estados Unidos desde 1999 e que Ancara acusa de estar por trás da tentativa falhada de golpe de Estado do mês passado.
No Parlamento, em Ancara, o primeiro-ministro Binali Yildirim disse não ter dúvidas de que Gulen virá à Turquia “para prestar contas pela tentativa de golpe”. O chefe do governo frisou que “os responsáveis pelo sangue derramado serão levados perante a Justiça”. Yildirim afirmou que “uma pessoa apenas morre uma vez quando é executada, mas há castigos piores do que a pena de morte”, sublinhando ainda que “haverá um julgamento justo e imparcial”.
A purga maciça conduzida por Ancara contra os simpatizantes de Gulen alargou-se, esta terça-feira, a dezenas de empresas de Istambul, com oitenta detenções, um dia depois da operação realizada em vários tribunais da capital económica da Turquia, durante a qual foram detidas 240 pessoas, incluindo vários procuradores.
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