Marxismo Cultural, 23 de agosto de 2016.
Por Bill Wallace.
Está aberta a temporada de agitação no local de trabalho. Na Nova Zelândia esta semana haverá duas cimeiras importantes que promovem desde identidade de gênero a diversidade racial para estimular a criatividade e melhor fortificar os alicerces dos negócios inovadores. Tanto a Cimeira da Diversidade 2016 em Auckland, e a Cimeira da Diversidade em Ação em Wellington estão promovendo a ideia de diversos locais de trabalho mais criativos, produtivos e rentáveis. De acordo com o site da Cimeira da Diversidade em Ação, “a diversidade de gênero é vital para qualquer ambiente de trabalho. Não só porque é um objeto digno; ela é simplesmente fundamental para os negócios”.
Da mesma forma, no site da Cimeira da Diversidade 2016 possuiu-se a oportunidade de “conhecer os líderes de visão de futuro e as empresas da Nova Zelândia maximizando os benefícios das plataformas de diversidade.” Ambas as cimeiras são um backup de suas reivindicações com um estudo recente da McKinsey & Company chamado de A importância da Diversidade, na qual afirma que “na mais recente pesquisa consta-se que as empresas no quartil superior da diversidade sexual e étnica são mais propensas a ter retorno financeiro acima da média na indústria nacional”.
Para o estudo, McKinsey & Company analisou 366 empresas públicas através de uma variedade de indústrias no Canadá, América Latina, Reino Unido e Estados Unidos. Nesta pesquisa olharam para métricas como resultados financeiros e a composição da administração de alto-escalão e quadros (funcionários). Embora o estudo faça algumas afirmações elevadas, os pesquisadores incluem o que parece ser um aviso de que, “embora a correlação não iguala a causa (maior de gênero e da diversidade étnica na liderança corporativa, que não se traduz automaticamente em mais lucros), a correlação não indica [a ênfase do editor] que quando as empresas se comprometem a liderança diversificada, elas se tornam mais bem sucedidas". A lógica dita é que a diversidade significa realmente [e somente] menos machos brancos – e em um artigo publicado nesta semana na scoop.co.nz sobre a Cimeira da Diversidade em Ação inclui algumas passagens que implicam exatamente isso:
Na Nova Zelândia, apenas 13% dos engenheiros são mulheres. Apenas 6% são Maori, e apenas 2% Pasifika. Cerca de 13% são asiáticos.
Em outras palavras, existem muitos homens brancos na engenharia. Isto, obviamente, é verdade, apesar do fato de que eles naturalmente gravitam em torno desta profissão, esse é o resultado da chamada Civilização Ocidental.
Nós precisamos ter certeza de que estamos tocando em todo o conjunto de pessoas que poderiam ser engenheiras, não apenas aquelas que se parecem com os engenheiros do passado.
Os engenheiros brancos de sexo masculino do passado, para ser mais exato, são aqueles que construíram tudo do que dependemos hoje. Não haveria uma cúpula sem eles.
A investigação [sobre a engenharia na NZ] sugere que há uma série de barreiras à crescente diversidade, incluindo culturas de trabalho não inclusivos, e a falta de trabalho de meio expediente, ou trabalhos flexíveis a abertura da identidade de gênero e condições salariais.
Culturas de trabalhos inclusivos, mas não de homens brancos racistas, para ser mais preciso. Não importa o fato de que eles são, provavelmente, os pais que estão trabalhando 50 horas a mais por semana para terminar o trabalho dentro de prazos apertados e margens de lucro, o que seria completamente exaustivo se suas posições fossem de “meio expediente ou flexível”. Melhor do que diminuir o salário, de qualquer maneira.
Todos os avaliadores que a IPENZ emprega em sua organização receberão treinamento sobre preconceito inconsciente. ‘O objetivo do treinamento de preconceito inconsciente é desenvolver a consciência dos preconceitos que você nem sequer sabe que tem. E é também sobre a criação de condições equitativas para todos.
Em outras palavras, eles vão fazer os homens brancos conscientes do seu racismo genético. Os apresentadores da Cimeira da Diversidade 2016 são de um alto-escalão internacional, incluindo a principal oradora e líder Lisa Coleman, que é Chefe da Diversidade oficial e assistente especial do presidente da Universidade de Harvard. Sua palestra é chamada de “Preconceito Inconsciente e Liderança Inclusiva.”.
[Atualizado e corrigido às 18:28hs]
Se a Nova Zelândia continuar neste ritmo de estupidez, será que sobreviverá até 2030? Acho que não. :(
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