DN, 04 de agosto de 2016.
Estados Unidos negam que tenha sido resgate e garantem que foi apenas pôr as contas em dia
Os Estados Unidos alugaram um avião até ao Irão, com "euros, francos suíços e outras moedas, no valor de 400 milhões de dólares" (cerca de 359 milhões de euros). A viagem aconteceu em janeiro, na mesma altura em que Teerão libertava quatro americanos que estavam detidos no país, escreveu ontem o diário The Wall Street Journal.
A Casa Branca negou que o pagamento efetuado em dinheiro ao Irão foi para "o resgate" de quatro cidadãos americanos.
"Não foi resgate. Pagar por um resgate em troca da libertação de reféns vai contra a política dos Estados Unidos", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, numa conferência de imprensa.
O porta-voz adjunto do Departamento do Estado, Mark Toner, adiantou que o "dinheiro pertencia ao Irão" antes da revolução islâmica, em 1979, e que estava no poder dos Estados Unidos por uma compra militar interrompida devido à queda do regime monárquico de Mohammad Reza Pahlevi.
Relativamente ao pagamento ter sido feito em dinheiro, Tonner explicou que o Irão se encontra "relativamente distante do sistema financeiro internacional", tendo sido um entrave no pagamento da compra militar.
Apesar do pagamento ao Irão já ser conhecido desde janeiro, Trump usou este episódio para "atacar o seu rival democrata na eleição de novembro, Hillary Clinton", diz a agência EFE.
"A nossa incompetente (ex) secretária de Estado, Hillary Clinton, foi quem começou com as conversas sobre dar 400 milhões de dólares em dinheiro ao Irão. Um escândalo", escreveu Trump na sua conta na rede social Twitter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário