Angela Merkel e Recep Tayyip Erdogan |
The Local De, 16 de agosto de 2016.
O vazamento de um documento interno do governo revela acusações contra o governo turco por apoio a organizações terroristas como o Hamas, relata a emissora pública ARD.
O relatório divulgado fala sobre a crença do governo alemão de que Ancara tem sido deliberadamente financiador de organizações islâmicas terroristas com o consentimento do presidente Recep Tayyip Erdogan, de acordo com o relatório transmitido pela ARD na terça-feira.
O documento escrito pelo Ministério do Interior foi uma resposta confidencial a uma questão colocada pelo Die Linke (A Esquerda) no Parlamento alemão (Bundestag).
“As numerosas afirmações de solidariedade e apoio a Irmandade Muçulmana no Egito e ao Hamas e grupos de oposição islâmicos armados na iria feito pelo partido no poder AKP do presidente Erdogan ressaltam a sua afinidade ideológica aos seus irmãos muçulmanos”, afirma o documento, de acordo com a ARD.
A Irmandade Muçulmana produziu o primeiro presidente egípcio eleito em eleições democráticas livres após a renúncia do velho ditador Hosni Mubarak, em 2011. Mas o presidente Mohammed Morsi foi derrubado pelos militares egípcios em junho de 2013.
A Irmandade Muçulmana não é considerada uma organização terrorista pela União Europeia ou os Estados Unidos.
O Hamas é um grupo militante islâmico que controla a Faixa de Gaza, uma seção do território palestino que se situa entre Israel e o Egito. E é considerado uma organização terrorista pela União Europeia e os Estado Unidos.
Ancara tem negado repetidamente que proporciona armas para militantes islâmicos na Síria. Mas tem uma atitude diferente para o Hamas e os estados ocientais, vendo o grupo como um representante legítimo do povo palestino.
De acordo com a Spiegel esta é a primeira vez que o governo alemão acusa publicamente a Turquia de ter ligações com o Hamas e outros grupos militantes islâmicos.
O documento também afirma que alegadamente Ancara recentemente aprofundo os seus laços com esses grupos.
“Como resultado da islamização passo-a-passo de sua política externa e doméstica desde 2011, a Turquia tornou-se a plataforma centra para a ação por grupos islâmicos no Oriente Médio”, afirma o documento, de acordo com a ARD.
As relações entre a Alemanha e a Turquia azedaram acentuadamente nos últimos meses após o Bundestag ratificar uma proposta para reconhecer os massacres dos armênios por tropas otomanas turcas em 1915-1916 como genocídio.
As autoridades alemãs também recentemente barraram Erdogan de falar via link direito de vídeo para simpatizantes em um comício em Colônia, onde milhares foram às ruas para apoiar o presidente turco, após uma fracassada tentativa de golpe em julho.
Mas não parece que o governo alemão pretendia usar este documento classificado como um meio de embaraçar Ancara.
O documento afirma que a resposta do público ao Die Linke, era se isso [a exposição] não era “para o bem-estar do Estado”.
Também não está claro até que ponto a resposta tinha sido acordada com o Ministério das Relações Exteriores.
O Ministério das Relações Exteriores, de Frank-Walter Steinmeier, tem sido cauteloso em suas críticas a Turquia desde que a União Europeia assinou um acordo de refugiados com a Turquia, em março, o que contribuiu para reduzir maciçamente o número de requerentes de silo que chegam na Alemanha desde um ponto alto no final do último ano.
A Alemanha tem a maior diáspora turca no mundo, com cerca de três milhões de pessoas turcas, uma herança viva na Bundersrepublik [Alemanha Oriental Comunista].
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