Euronews, 25 de julho de 2016.
Por Lurdes Duro Pereira.
Despedida em 2013 de um jornal pró governamental depois de ter criticado ministros apanhados num caso de corrupção, Nazli Ilicak é apenas uma das jornalistas alvo de um mandado de detenção na Turquia. A lista é composta por 42 profissionais.
Entre eles estão jornalistas com ligações a Fethullah Gülen, o teólogo turco exilado nos EUA e que Ancara responsabiliza pela tentativa de golpe de Estado.
Os mandados emitidos na sequência das investigações à tentativa falhada de golpe de Estado já foram criticados por várias organizações que falam de um novo ataque à liberdade de expressão.
Desde 15 de julho, milhares de pessoas foram detidas. Entre elas professores, juízes, militares e elementos das forças policiais. Ainda assim, a imagem que nos chega do país é de uma certa unidade. Este domingo, e pela primeira vez, os apoiantes dos AKP – partido no poder – e o principal partido da oposição condenaram a uma só voz o golpe de Estado.
Um apoiante do CHP, Partido do Povo Republicano diz que a formação vai estar atenta às consequências do Estado de emergência. Garante, ainda, que o partido vai continuar a levantar a voz para defender os direitos e as liberdades individuais.
Liberdades que segundo a Amnistia Internacional estarão a violadas pelo Governo turco. A ONG de defesa dos direitos humanos assegura ter provas que atestam casos de abusos e tortura de pessoas que se encontram nos centros de detenção na Turquia.
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