Reuters, 01 de julho de 2016.
Por Denis Dyomkin e Tuomas Forsell.
Naatali, Finlândia – o presidente Vladimir Putin sugeriu nessa sexta-feira que a Rússia poderia mover suas tropas para mais perto da fronteira russo-finlandesa se a Finlândia se juntasse à OTAN e apelou a melhores medidas para a prevenção de conflitos ao longo do Báltico.
As Forças Armadas finlandesas “se tornariam parte da infraestrutura militar da OTAN, que durante à noite seriam colocadas nas fronteiras da Federação Russa”, disse Putin após uma reunião com o presidente finlandês Sauli Niinisto.
“Você acha que vamos deixar como está? Nossas tropas a 1.500 (km, 900 milhas)”.
É a primeira visita de Putin à Finlândia desde que a crise na [invasão] Ucrânia eclodiu 2014 em meio ao aumento da atividade da Rússia e da OTAN na região do Báltico, e com a Finlândia militarmente neutra e a vizinha Suécia aumentando a sua cooperação com a OTAN. Isso também ocorre uma semana antes da cúpula da OTAN em Varsóvia.
“Talvez fosse bom que a OTAN de bom grado lutasse com a Rússia até o último soldado finlandês”, disse Putin.
“Vocês precisam disso? Não. Nós não queremos isso. Mas este é o seu apelo.”.
O Espaço aéreo do Mar Báltico tem sido a arena para um conflito com encontros entre aeronaves russas e ocidentais nos últimos meses, e os ex-Estados bálticos soviéticos pediram à OTAN para intensificar as defesas aéreas na região.
Putin e Niinisto pediram medidas para melhorar a segurança, conforme o presidente finlandês insistia que não deve haver aviões militares voando sobre o Mar Báltico com dispositivos de identificação desligados.
“Nós todos sabemos dos riscos com estes voos e sugerimos que deveríamos concordar em usar transponders como são usados em todos os voos na região do Mar Báltico”, disse Niinisto.
Putin disse que os aviões russos voam às vezes sem a identificação dos transponders, mas os aviões da OTAN fazem isso com muita frequência também.
Ele disse que a Rússia iria falar com a OTAN sobre o aumento de confiança mútua para melhorar a prevenção de conflitos na reunião do Conselho Rússia-OTAN, que terá lugar após a cimeira da OTAN.
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