Forças de segurança isolaram a zona do atentado |
DN, 01 de julho de 2016.
Por Susana Salvador.
Reivindicação surge através da agência de notícias ligada ao grupo terrorista. Sete italianos estão entre os reféns
O Estado Islâmica reivindicou esta sexta-feira o ataque e a morte de 24 pessoas de várias nacionalidades num ataque que ainda está a decorrer no restaurante Holey Artisan Bakery. A polícia mantém o local cercado, com um oficial a confirmar que estão nove atacantes a manter pessoas reféns no restaurante frequentado por estrangeiros no bairro de Gulshan, em Dhaka. Sete italianos estão entre os reféns, avançou a Skynews.
New: 4th message from #ISIS' Amaq about #DhakaAttack #Bangladesh: 24 killed &40 wounded so far, including foreigners pic.twitter.com/DAAn0dQ7X8— Rita Katz (@Rita_Katz) 1 de julho de 2016
Na troca de tiros inicial entre os atacantes e as autoridades, pelo menos dois polícias morreram e 30 ficaram feridos. Foram ainda ouvidas várias explosões.
A primeira reivindicação do grupo foi partilhada no Twitter pelo SITE Intelligence Group, organização que monitoriza os sites jihadistas. A polícia diz contudo que está a negociar a libertação dos reféns, não confirmando o número de mortos apontado pela agência de notícias Amaq.
'Amaq update: over 20 people of different nationalities have been killed in the #ISIS attack in #Dhaka #Bangladesh pic.twitter.com/p4e55bS8qs— SITE Intel Group (@siteintelgroup) 1 de julho de 2016
Os media locais revelaram que os atiradores entraram no restaurante Holey Artisan Bakery, popular entre diplomatas e estrangeiros, e começaram a disparar por volta das 21.20 (16.20 em Lisboa). Um funcionário do estabelecimento, que conseguiu fugir, contou à televisão Jamuna que os atiradores gritaram Allahu Akbar (Deus é grande, em árabe), quando lançaram o ataque, duas horas e meia após o pôr do sol - quando é permitido quebrar o jejum durante o mês do Ramadão.
"Alguns jovens descarrilados entraram no restaurante e lançaram o ataque", disse aos jornalistas Benazir Ahmed, responsável pelo batalhão de ação rápido, força de elite da polícia do Bangladesh. "Falámos com algumas pessoas que fugiram do restaurante após o ataque. Queremos resolver isto de forma pacífica. Estamos a tentar falar com os atacantes, queremos saber o que eles querem", acrescentou.
O Bangladesh tem visto um aumento da violência ligada aos militantes islâmicos no último ano. Ateus e membros de minorias religiosas têm sido os alvos de ataques, muitos deles com machetes, no país de maioria muçulmana, onde vivem 170 milhões de pessoas. Ontem de manhã, funcionário de um templo hindu foi golpeado até à morte no sudoeste do país, num ataque que a polícia disse ter sido perpetrado por islamitas radicais.
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