O ministro das Relações Exteriores da Turquia disse que a União Europeia não pode ameaçar a Turquia sobre a questão da pena de morte.
Mevlut Cavusoglu disse a TV Haberturk que Junker não deve desprezar a Turquia ou pensar que pode mandar no país.
Os comentários foram feitos em resposta ao Presidente da Comissão da União Europeia, Jean-Claude Juncker, que disse que se a Turquia seguir em frente com a reintrodução da pena de morte não haveria esperança para o país aderir à União Europeia.
Questionando a aspiração de longa data de Ancara à adesão a União Europeia, ele disse: “Eu acredito que a Turquia, no seu estado atual, não está apta a tornar-se um membro, e nem futuramente.
Ele disse à televisão francesa France 2 que, se a Turquia reintroduzir a pena de morte – algo que o governo disse que pretende considerar, respondendo aos clamores públicos nos comícios, daqueles que apoiam a execução dos que lideraram o golpe – que iria parar o processo de adesão à União Europeia imediatamente.
A Turquia aboliu a pena capital em 2004, permitindo-lhe abrir o caminho para a adesão à União Europeia no ano seguinte. Mas as negociações têm feito pouco progresso desde então.
Erdogan declarou um estado de emergência, o que lhe permite assinar novas leis sem aprovação prévia do Parlamento e também limitar os direitos civis se julgar necessário. O governo disse que são passos necessários para erradicar os apoiantes do golpe para que não infrinjam os direitos dos trucos comuns [muçulmanos].
Isso aconteceu depois que a Turquia ordenou a detenção de 42 jornalistas na segunda-feira, relatou a emissora NTV, cuja repressão teve como alvo 60.000 pessoas após um golpe de estado fracassado, o que tem incendiado a União Europeia.
Nota do editor do blog
Cá estamos nós de novo, numa situação que aparentemente vai fazer com que as coisas fiquem de cabeça para baixo. Por um lado, a União Europeia, que quer garantir o seu projeto suicida de imigração, mas não pode fazer isso se os portões estiverem escancarados. Então é aí que entra o ditador turco, Recepp Tayyip Erdogan e o negócio dos refugiados. Após o golpe que mais parecia uma encenação, Erdogan começou o seu programa de “limpeza”, para consolidar o seu poder. Erdogan alega que cada uma de suas medidas são necessárias, e que correspondem a atitude dum chefe de estado. No entanto, o seu histórico diz outra coisa: ele diz que, desde que chegou ao poder, o ditador tem tentado tomar de assalto os outros poderes. Sendo assim, há um bom motivo [mesmo que seja tão ruim quanto ele] para que a União Europeia desconfie de suas medidas, que de modo aparente já se provam controversas.
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