DN, 28 de junho de 2016.
Eurodeputados pedem ao Conselho europeu que altere a ordem das presidências rotativas em 2017 para evitar que o processo de retirada do Reino Unido comprometa a gestão da UE
O Parlamento Europeu (PE) apelou hoje ao Conselho para que altere o calendário das presidências rotativas da União Europeia (UE), de modo a que a britânica, prevista para o segundo semestre de 2017, seja cancelada.
Numa resolução, apresentada por quatro bancadas políticas no PE, incluindo as duas maiores - PPE (que inclui PSD e DCS) e S&D (que abarca o PS) eurodeputados pedem ao Conselho da UE que altere a ordem das suas presidências a fim de evitar que o processo de retirada comprometa a gestão corrente da União.
A presidência do Reino Unido está atualmente prevista para o segundo semestre de 2017, pedindo agora o PE que seja anulada devido ao referendo que ditou a saída do país da UE.
O PE manifesta também a sua intenção de "introduzir modificações na sua organização interna" para refletir a vontade da maioria dos cidadãos do Reino Unido de deixar a UE.
"Os atuais desafios impõem uma reflexão sobre o futuro da União: é necessário reformar e melhorar a União, bem como torná-la mais democrática", defendem os eurodeputados, numa resolução aprovada por 395 votos a favor, 200 contra e 71 abstenções.
Essas reformas, defende o PE, "devem conduzir a uma UE que esteja à altura dos anseios dos cidadãos".
Para os eurodeputados, "embora alguns Estados-membros possam optar por uma integração mais lenta ou menos profunda, é necessário reforçar o núcleo duro da União e evitar soluções diferenciadas para cada Estado-membro".
Os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido deve sair da UE, depois de o 'Brexit' (nome como ficou conhecida a saída britânica da UE) ter conquistado 51,9 por cento dos votos no referendo de quinta-feira passada.
Logo na sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou a sua demissão, com efeitos em outubro, e os líderes da UE defenderam uma saída rápida do Reino Unido.
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