DN, 25 de junho de 2016.
Segundo o PPM, "o 'establishment' português controlou e manietou todo o processo de integração do país na União Europeia.
O Partido Popular Monárquico (PPM) defendeu hoje a realização de um referendo em Portugal sobre o processo de integração na União Europeia (UE), alegando que "quase todos os povos europeus já foram chamados a pronunciar-se".
"A integração de Portugal na União Europeia nunca foi sufragada diretamente pelo povo português. Portugal constitui uma exceção chocante no contexto de uma Europa em que quase todos os povos europeus já foram chamados a pronunciar-se sobre o processo de integração dos seus respetivos países", sustenta um comunicado assinado pelo presidente da comissão politica nacional do PPM, Paulo Estêvão, enviado àLusa.
Segundo o PPM, "o 'establishment' português controlou e manietou todo o processo de integração do país na União Europeia, usurpando a soberania popular", considerando que "a entrada na união monetária constituiu um erro de enormes proporções, assim como a paulatina destruição" da agricultura, pescas e indústria.
"O resultado de tudo isto é que Portugal é hoje um dos países com uma das maiores dívidas externas do mundo", lê-se no comunicado.
"Os ingleses - mas não os escoceses e os irlandeses - votaram a favor da saída da União Europeia. Apesar de terem sido submetidos a uma campanha de forte intimidação psicológica -- assente no desenho de uma espécie de holocausto económico -, os ingleses revelaram, uma vez mais, que são um povo tremendamente obstinado", frisou ainda o PPM.
No comunicado, Paulo Estêvão refere ainda que "a resposta europeia prevê, como forma de enfrentar a saída britânica, o reforço da integração política dos restantes membros da União Europeia", pelo que "exige a realização de um referendo sobre o processo de integração do país na União Europeia".
Os eleitores britânicos decidiram na quinta-feira que o Reino Unido vai sair da União Europeia, depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9% dos votos no referendo.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou já a intenção de se demitir em outubro, na sequência do resultado do referendo.
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