EuroNews, 03 de maio de 2016.
Milhares de pessoas manifestaram-se esta sexta-feira na capital do Iémen, controlada pelos rebeldes hutis, para denunciar os ataques militares das forças sauditas.
O protesto decorre dois meses depois de Riade ter aceitar uma frágil trégua na ofensiva contra as milícias xiitas, iniciada em Março do ano passado.
Segundo um manifestante:
“Nós decidimos descer às ruas para pedir ao mundo que rompa o cerco ilegal ao Iémen, contrário à trégua e que é uma nova faceta das agressões e massacres. Este cerco está a ser ignorado por todos apesar de representar uma tragédia para o povo iemenita”.
O protesto coincide com novos confrontos na cidade de Taiz, retomada em Março pela coligação militar saudita e as forças fiéis ao presidente Mansour Hadi.
O conflito, que já provocou a morte de 6.400 pessoas, é marcado por uma crise humanitária em várias regiões do país.
A ONU tinha denunciado na quinta-feira a responsabilidade dos dois campos na morte de 785 crianças (60% na sequência de ataques sauditas) e no recrutamento de mais de 762 menores durante o conflito (72% por parte dos rebeldes hutis).
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