Euronews, 27 de junho de 2016.
Por Marco Lemos | Com REUTERS, EFE, AFP
“Não vão existir negociações informais ou formais sobre a saída até que a União Europeia receba o pedido oficial de saída” da parte do Reino Unido: os líderes da Alemanha, França e Itália repetiram, esta segunda-feira, em Berlim, que respeitam a decisão dos britânicos, tomada em referendo, na semana passada. Mas, como a “incerteza” é uma grande “ameaça”, Angela Merkel, François Hollande e Matteo Renzi insistiram na necessidade do Reino Unido invocar o mais depressa possível o artigo 50 do Tratado de Lisboa e realçaram a importância de “não perder tempo” e avançar na construção europeia.
Nesse sentido, as prioridades de Berlim, Paris e Roma para os 27 países que vão continuar na União Europeia são: a segurança; a crise dos refugiados; o crescimento e a competitividade; a juventude e também a economia da zona euro. Merkel, Hollande e Renzi querem dar um “novo impulso” à Europa e prometem apresentar “medidas concretas” logo a seguir ao verão, num Conselho Europeu a realizar em setembro.
Os três líderes consideraram que a decisão dos britânicos foi um momento “doloroso”, mas agora é chegada a hora de “virar a página”. A Europa “não pode perder tempo (…) É necessário respeitar as regras e o desejo de um povo soberano e temos de pensar numa estratégia para os próximos meses”, rematou o primeiro-ministro italiano.
O Parlamento Europeu deverá aprovar, esta terça-feira, uma resolução a pedir que o Reino Unido proceda à “ativação imediata” do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que regula a saída de um membro da União Europeia.
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